DA REPORTAGEM LOCAL

A juíza federal Raecler Baldresca, corregedora da custódia da Polícia Federal, rejeitou ontem o pedido do advogado José Roberto Batochio de transferência de Flávio Maluf para um quartel ou uma prisão especial ou, em última hipótese, de decretação da prisão domiciliar.
Batochio alegou que Flávio é formado em engenharia e, pela legislação brasileira, tem direito a prisão especial.
Em seu despacho, Baldresca afirmou reconhecer que, no sistema carcerário do Brasil, não há prisões especiais. Apesar disso, afirmou que deve prevalecer o princípio da isonomia, de que todos são iguais perante a lei.
"O tratamento do chamado "preso especial" deve ser exatamente o mesmo que é dispensado ao chamado "preso comum", havendo expressa paridade de direitos e obrigações", afirmou a juíza.
Ontem, Maluf reclamou das condições da cela e da qualidade da comida, segundo ele, muito ruim. O ex-prefeito manifestou preocupação com o filho, que sofre de acidez estomacal e não tem conseguido dormir.
Todos os presos que estão na cela de Flávio e de Maluf têm curso superior, assim como os dois.
Advogados de Paulo Maluf e do filho ainda poderão recorrer. (LC)


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