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CONTAS DE DUDA MENDONÇA
Promotor de Nova York rejeita pedido de CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O promotor assistente do Condado de Nova York Adam Kaufmann enviou carta na sexta-feira
no final do dia ao Departamento
de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional
(DRCI) do Ministério da Justiça
informando que foi negado um
pedido para que a CPI dos Correios tivesse acesso a documentos
bancários referentes a movimentação da empresa Dusseldorf, do
publicitário Duda Mendonça.
Responsável pela campanha
presidencial de Luiz Inácio Lula
da Silva em 2002, Duda confessou
à CPI dos Correios ter recebido
aproximadamente R$ 10 milhões
de maneira ilegal em conta bancária nos EUA pertencente a uma
empresa sua, a Dusseldorf, cuja
sede é nas Bahamas.
Apesar de negar o acesso da CPI
aos documentos bancários que já
foram levantados, o procurador
Kaufmann disse em sua carta que
a investigação brasileira poderia
requerer os papéis por meio do
acordo de cooperação que existe
entre Brasil e EUA.
O que ocorre é que os documentos já disponíveis foram solicitados anteriormente pelo DRCI, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Mas a autorização judicial para o fornecimento não
permite que os papéis sejam repassados a terceiros -no caso, à
CPI dos Correios.
Quando estiveram em Nova
York no início deste mês, representantes do DRCI, PF e MP tiveram de assinar um termo de compromisso garantindo que não repassariam a documentação recebida a nenhuma parte de fora de
suas instituições. Depois de relutar um pouco, todos concordaram com essas condições.
Ainda assim, o DRCI fez um pedido formal à Promotoria de NY
para que os papéis, quando chegassem ao Brasil, fossem repassados à CPI. É esse pedido que foi
rejeitado na última sexta-feira.
Funcionários do Ministério da
Justiça recomendaram aos congressistas que façam o mais rapidamente possível um pedido formal para terem acesso à documentação. Para isso, será preciso
que a Promotoria de Nova York
autorize formalmente. O DRCI e a
PF só devem receber os papéis em
aproximadamente duas semanas.
(FERNANDO RODRIGUES)
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