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RUMO A 2002
Com apoio de ministros, senador fez críticas a FHC; candidatura dividiria com petistas discurso pela ética
Simon anuncia que disputará o Planalto
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOINVILLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O senador Pedro Simon
(PMDB-RS) disse ontem, em
Joinville (SC), que aceita a "missão" de disputar a convenção que
vai indicar o candidato do PMDB
à presidência da República para
as eleições de 2002.
No discurso, criticou o presidente Fernando Henrique Cardoso. Simon afirmou que ele "cometeu o equívoco de jogar o prestígio
político na tese da reeleição".
Estavam presentes os ministros
Eliseu Padilha (Transportes), Fernando Bezerra (Integração Nacional), Ovídio de Angelis (Desenvolvimento Urbano), o presidente da Câmara, Michel Temer,
e o presidente nacional do partido, Jader Barbalho. Eles endossaram o nome de Simon como candidato do PMDB em 2002.
Simon afirmou que, se o PMDB
tirar seu apoio, FHC fica sem governabilidade. "Não defendemos
o rompimento, mas não apoiamos o engajamento total. Votar
contra e divergir como, às vezes,
eu faço, faz parte do jogo", disse.
Ele afirmou que vai percorrer,
nos próximos dois anos, todo o
país para "discutir com a sociedade" um plano de governo para ser
apresentado na disputa presidencial. "Vamos andar pelo Brasil,
sentir os problemas. Valorizar o
município vai ser algo fundamental em nossa campanha", disse.
Alternativa ética
A candidatura de Simon, 70, está sendo preparada desde agosto
de 1999 (quando houve o primeiro lançamento, em congresso estadual do PMDB em Porto Alegre) como alternativa para tirar
do PT o monopólio do discurso
pela moralidade pública.
Simon entraria na campanha
não para ganhar, mas para dividir
a imagem da ética. Muitos atribuem a essa imagem as recentes
vitórias petistas.
Os correligionários do senador
não confirmam publicamente a
estratégia, dizendo que Simon
tem reais chances de vitória.
Simon entrou para a Ordem
Terceira dos Franciscanos e fez
voto de pobreza. Abriu mão dos
vencimentos de ex-governador
do Rio Grande do Sul (cerca de R$
8.000) e de ex-deputado estadual
(cerca de R$ 7.000). Deu seus
imóveis aos filhos e, às irmãs, a
participação em uma loja que
herdara dos pais. Hoje, vive dos
vencimentos de senador.
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