DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O conselho político apartidário que atuou durante a campanha do prefeito eleito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), será utilizado na administração da cidade, com atribuições até mesmo de fiscalização da atuação do governo.
Entre os 178 integrantes do conselho político, há um ex-presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Luiz Octávio Vieira, um ex-presidente da Fecotrigo (Federação das Cooperativas de Trigo e Soja do Rio Grande do Sul), Jarbas Pires Machado, e o ex-deputado estadual do PMDB Mário Madureira. Ou seja, pessoas que já representaram entidades patronais do setor industrial e rural e um partido oposicionista.
"O movimento de forças que nos leva a compor o conselho é o mesmo que levou Marta (Suplicy, prefeita eleita pelo PT em São Paulo) a escolher João Sayad para seu secretariado", disse, para a Agência Folha, o coordenador da campanha de Tarso e futuro secretário (sem pasta definida) César Alvarez.
A adoção do conselho durante a eleição causou insatisfação em alguns setores do PT, que criticaram a presença de alguns dos seus integrantes.
Em documento no qual define linhas de sua administração na prefeitura, Tarso manifestou seu interesse em, a partir da capital gaúcha, ser um dos protagonistas da campanha petista pela Presidência da República. No seu quarto mandato em Porto Alegre, segundo o documento, o PT pretende dar "respostas locais que sirvam de exemplo para questões nacionais, com o objetivo de integrar o governo municipal na disputa eleitoral de 2002".


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