São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2000 |
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MILITARES Marinha incorpora novo porta-aviões
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A Marinha brasileira incorporou ontem o porta-aviões Foch, comprado da França por US$ 12 milhões. Rebatizado como São Paulo, o "navio-aeródromo", como diz a Marinha, chegará ao Rio em janeiro ou fevereiro do próximo ano. Segundo o Ministério da Defesa, há 300 marinheiros brasileiros em Brest (noroeste da França) aprendendo a operar o porta-aviões, que só depois será trazido para o Brasil, para substituir o porta-aviões Minas Gerais, cuja vida útil poderia ser estendida no máximo até 2010, segundo a Defesa. A solenidade de incorporação ocorreu no porto de Brest. O Comando da Marinha foi representado pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Fragelli. O porta-aviões São Paulo será utilizado em manobras de 23 aviões do tipo skyhawk, de fabricação norte-americana, comprados no ano passado do Kuait. Por enquanto, segundo a Defesa, apenas três ou quatro deles estão em condições de operação. Os outros aguardam a formação de pilotos brasileiros. Nos últimos quatro anos, o porta-aviões Minas Gerais tem sido usado apenas por helicópteros porque a Marinha era proibida de possuir aviões "de asa fixa". A Aeronáutica aposentou os aviões P-16 que utilizavam o Minas Gerais. A proibição, determinada por decreto do presidente Castello Branco (64), foi revogada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo o Ministério da Defesa, o governo francês vai retirar do Foch -nome dado em homenagem ao marechal francês Ferdinand Foch, herói da Primeira Guerra Mundial- os equipamentos de guerra eletrônica, que a Marinha precisará substituir. O ministério diz que o porta-aviões pode ser usado para defesa civil, em tempos de paz (evacuação de Angra dos Reis, por exemplo), ou para proteger a marinha mercante, na eventualidade de uma guerra. O Foch tem 32.780 toneladas, 265 metros, pode levar 40 aeronaves e precisa de 2.200 marinheiros. O Minas Gerais tem 19.890 toneladas, comprimento de 211 metros, pode levar 20 aviões ou helicópteros e exige uma tripulação de 1.300 homens (incluindo o pessoal de aviação). Texto Anterior: Inteligência: General se diz a favor de controle da Abin Próximo Texto: Questão agrária: Sem-terra é preso por roubar gado Índice |
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