São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

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OUTRO LADO

Dorothy recusou proteção policial, diz Secretaria

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A assessoria de comunicação social da Secretaria de Defesa Social do Pará informou ontem que o governo estadual ofereceu proteção policial para a missionária Dorothy Stang, mas ela teria recusado a oferta.
Segundo a assessoria, foi oferecida também à freira uma inclusão no programa estadual de proteção a testemunhas, mas Dorothy também não teria aceito. O programa tem apoio do governo federal.
A assessoria da Secretaria Especial de Direitos Humanos, em Brasília, confirmou ontem que recebeu o ofício da Vara Agrária em 11 de novembro último. O documento, segundo a assessoria, foi enviado ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, "que já vinha acompanhando a situação dos direitos humanos no sudeste do Pará".
As assessorias de comunicação social do governo do Pará e da Secretaria de Defesa Social informaram que o secretário de Defesa Social, Manoel Santino, não foi localizado para falar sobre o pedido de proteção física feita em outubro último pela Vara Agrária de Altamira (PA).
Segundo as assessorias, Santino estava em viagem a trabalho para Brasília. Santino ocupa o cargo equivalente, nos outros Estados, ao de secretário de Segurança Pública, tendo ascendência sobre a Delegacia de Polícia Civil Regional do Xingu e o 16º Batalhão da Polícia Militar, as duas unidades que receberam o pedido de proteção para Dorothy Stang em outubro de 2004.
Em texto divulgado no último dia 13 na agência de notícias pelo governo do Pará, o governador Simão Jatene (PSDB) disse que a as polícias Civil e Federal trabalham em conjunto para localizar e prender assassinos e mandante do crime.
"Já que não se pode mais resgatar a vida de irmã Dorothy é preciso punir, de forma exemplar, os mandantes do crime. Precisamos agir de forma integrada para assegurar que este crime não fique impune", afirmou o governador.
(RV)


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