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Pastoral compara intervenção no Pará com ação da ditadura militar
ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A direção da CPT (Comissão
Pastoral da Terra) relacionou a
morte de Dorothy Stang ao fracasso "de um governo que prioriza o agronegócio" e comparou a
intervenção do Exército no Pará a
soluções dos militares aos conflitos sociais na ditadura (1964-85).
Apesar de se colocar a favor de
uma intervenção federal no Pará,
o presidente da CPT, dom Tomás
Balduíno, disse que a presença é
um "paliativo". "A gente não gostaria que a questão social fosse resolvida na base policial ou militar.
Foi assim que os militares da ditadura tentaram resolver", disse.
Cobrou do governo ações que
combatam "a raiz" do problema.
A nota de ontem de CPT, entidades religiosas, ambientais e de
defesa da reforma agrária diz que
a morte da freira foi uma "profecia". Dom Tomás diz que ela não
pedia segurança pessoal, mas
"proteção para aquele povo". Por
isso, a CPT classificou como "escusa" a afirmação de Nilmário
Miranda (Direitos Humanos) de
que a irmã não tinha proteção
porque não solicitara. A assessoria do Planalto disse que o governo não comentaria as críticas.
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