São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

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Pastoral compara intervenção no Pará com ação da ditadura militar

ANA FLOR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A direção da CPT (Comissão Pastoral da Terra) relacionou a morte de Dorothy Stang ao fracasso "de um governo que prioriza o agronegócio" e comparou a intervenção do Exército no Pará a soluções dos militares aos conflitos sociais na ditadura (1964-85).
Apesar de se colocar a favor de uma intervenção federal no Pará, o presidente da CPT, dom Tomás Balduíno, disse que a presença é um "paliativo". "A gente não gostaria que a questão social fosse resolvida na base policial ou militar. Foi assim que os militares da ditadura tentaram resolver", disse.
Cobrou do governo ações que combatam "a raiz" do problema.
A nota de ontem de CPT, entidades religiosas, ambientais e de defesa da reforma agrária diz que a morte da freira foi uma "profecia". Dom Tomás diz que ela não pedia segurança pessoal, mas "proteção para aquele povo". Por isso, a CPT classificou como "escusa" a afirmação de Nilmário Miranda (Direitos Humanos) de que a irmã não tinha proteção porque não solicitara. A assessoria do Planalto disse que o governo não comentaria as críticas.


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