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Marinho concorda com CUT sobre "falta de projeto"
DA REPORTAGEM LOCAL
O sindicalista Luiz Marinho, presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC,
que é filiado à CUT, disse ontem concordar com a afirmação contida em documento da Central Única dos
Trabalhadores de que o governo ainda não tem "projeto claro" para estimular o
debate sobre as reformas assumidas como prioritárias.
A declaração foi dada no hotel de São Paulo em que
acontecia a reunião do Diretório Nacional do PT.
Marinho fez questão de
afirmar que a frase foi "pinçada" do documento, mas,
questionado, disse concordar com seu "teor". O sindicalista deve ser eleito presidente da CUT em junho, como resultado de uma articulação em que se envolveu o
governo federal, favorável ao
seu nome.
O documento que contém
a frase é assinado pelo atual
presidente da central, João
Felício, e outros 13 membros
da direção executiva, conforme a Folha noticiou anteontem. É uma das "teses"
elaboradas como subsídio
para o 8º Congresso Nacional da CUT, que acontecerá
entre 3 e 7 junho.
"Até agora, podemos
constatar a inexistência de
um projeto claro para estimular o debate público sobre as diferentes reformas tidas como prioritárias", diz o
documento.
Marinho disse que a negociação do governo com o
funcionalismo sobre reposição salarial é um exemplo de
área em que o governo poderia ter um "plano mais claro". "Não temos ainda nesse
caso qual é o rumo que nós
vamos seguir", disse ele.
Sobre a política econômica
-no documento da CUT é
dito que a elevação dos juros
e o corte de gastos sociais
"encontram-se claramente
em contradição com as expectativas de mudança"-,
o sindicalista disse compreender "os esforços do governo para controlar a inflação", mas afirmou que não
enxergava a necessidade do
último aumento de juros.
"Espero que na próxima
reunião do Copom (Comitê
de Política Monetária do
BC) não venha novo aumento de juros, seria um exagero", disse ele.
(RC E RV)
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