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São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 2003

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Marinho concorda com CUT sobre "falta de projeto"

DA REPORTAGEM LOCAL

O sindicalista Luiz Marinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que é filiado à CUT, disse ontem concordar com a afirmação contida em documento da Central Única dos Trabalhadores de que o governo ainda não tem "projeto claro" para estimular o debate sobre as reformas assumidas como prioritárias. A declaração foi dada no hotel de São Paulo em que acontecia a reunião do Diretório Nacional do PT.
Marinho fez questão de afirmar que a frase foi "pinçada" do documento, mas, questionado, disse concordar com seu "teor". O sindicalista deve ser eleito presidente da CUT em junho, como resultado de uma articulação em que se envolveu o governo federal, favorável ao seu nome.
O documento que contém a frase é assinado pelo atual presidente da central, João Felício, e outros 13 membros da direção executiva, conforme a Folha noticiou anteontem. É uma das "teses" elaboradas como subsídio para o 8º Congresso Nacional da CUT, que acontecerá entre 3 e 7 junho.
"Até agora, podemos constatar a inexistência de um projeto claro para estimular o debate público sobre as diferentes reformas tidas como prioritárias", diz o documento.
Marinho disse que a negociação do governo com o funcionalismo sobre reposição salarial é um exemplo de área em que o governo poderia ter um "plano mais claro". "Não temos ainda nesse caso qual é o rumo que nós vamos seguir", disse ele.
Sobre a política econômica -no documento da CUT é dito que a elevação dos juros e o corte de gastos sociais "encontram-se claramente em contradição com as expectativas de mudança"-, o sindicalista disse compreender "os esforços do governo para controlar a inflação", mas afirmou que não enxergava a necessidade do último aumento de juros.
"Espero que na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) não venha novo aumento de juros, seria um exagero", disse ele. (RC E RV)



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