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Aldo ouve críticas de senadores aliados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao se reunir com a base aliada
no Senado para pedir maior unidade, o ministro Aldo Rebelo
(Coordenação Política) ouviu desabafos pessoais, críticas de falta
de orientação do governo e reclamações de que ministros não
atendem a ligações telefônicas
nem para ajudar um aliado a defendê-lo de ataques.
Constatação generalizada: a base está atuando de forma desarticulada, falta diretriz do governo, e
há necessidade de consolidação
do apoio do PMDB, principalmente após a convenção nacional
que expôs as tensões internas do
partido em relação ao governo.
O líder do governo no Senado,
Aloizio Mercadante (PT-SP), teria
sugerido uma aproximação do
Planalto com cada senador peemedebista e o atendimento de
suas "pendências".
"Estamos aqui enxugando gelo", teria dito, segundo relatos, referindo-se ao fato de a oposição
ser numericamente mais forte no
Senado do que na Câmara, com
um potencial de 36 senadores
(PSDB, PFL, PDT mais dissidentes da base), número suficiente
para pedir CPIs.
"Está todo mundo correndo para apagar incêndio", disse Paulo
Paim (PT-RS), primeiro vice-presidente do Senado. Serys Slhessarenko (PT-MT) disse que o governo não informa os aliados sobre
ações positivas.
Cristovam Buarque (PT-DF),
ex-ministro da Educação, se queixou duramente do fato de o atual
ministro, Tarso Genro, ter solicitado ao controlador-geral da
União, Waldir Pires, auditoria em
contratos de prestação de serviços
de sua gestão, sem avisá-lo.
"Agora, quem exige a auditoria
sou eu", teria dito Cristovam a Aldo. Tião Viana (PT-AC) chegou a
propor que a bancada aprovasse
uma nota reservada de censura à
conduta de Tarso. Mercadante
tentou minimizar, afirmando que
o ministro pediu auditoria de apenas um setor administrativo.
"Não foi o que o Waldir Pires me
disse", teria reagido Cristovam.
Em Belo Horizonte, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC),
afirmou durante evento que reuniu pefelistas que "há um desatino dentro do governo".
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