São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Aldo ouve críticas de senadores aliados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao se reunir com a base aliada no Senado para pedir maior unidade, o ministro Aldo Rebelo (Coordenação Política) ouviu desabafos pessoais, críticas de falta de orientação do governo e reclamações de que ministros não atendem a ligações telefônicas nem para ajudar um aliado a defendê-lo de ataques.
Constatação generalizada: a base está atuando de forma desarticulada, falta diretriz do governo, e há necessidade de consolidação do apoio do PMDB, principalmente após a convenção nacional que expôs as tensões internas do partido em relação ao governo.
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), teria sugerido uma aproximação do Planalto com cada senador peemedebista e o atendimento de suas "pendências".
"Estamos aqui enxugando gelo", teria dito, segundo relatos, referindo-se ao fato de a oposição ser numericamente mais forte no Senado do que na Câmara, com um potencial de 36 senadores (PSDB, PFL, PDT mais dissidentes da base), número suficiente para pedir CPIs.
"Está todo mundo correndo para apagar incêndio", disse Paulo Paim (PT-RS), primeiro vice-presidente do Senado. Serys Slhessarenko (PT-MT) disse que o governo não informa os aliados sobre ações positivas.
Cristovam Buarque (PT-DF), ex-ministro da Educação, se queixou duramente do fato de o atual ministro, Tarso Genro, ter solicitado ao controlador-geral da União, Waldir Pires, auditoria em contratos de prestação de serviços de sua gestão, sem avisá-lo.
"Agora, quem exige a auditoria sou eu", teria dito Cristovam a Aldo. Tião Viana (PT-AC) chegou a propor que a bancada aprovasse uma nota reservada de censura à conduta de Tarso. Mercadante tentou minimizar, afirmando que o ministro pediu auditoria de apenas um setor administrativo. "Não foi o que o Waldir Pires me disse", teria reagido Cristovam.
Em Belo Horizonte, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), afirmou durante evento que reuniu pefelistas que "há um desatino dentro do governo".


Texto Anterior: Lula cobra Alencar, e Costa Neto se retrata
Próximo Texto: Em nota, PL recua e apóia rumo da economia no país
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.