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ADVERSÁRIOS CORDIAIS
Assessores foram atrás do governador para que ele não saísse sem cumprimentar o presidente
Lula e Alckmin travam guerra fria no STF
EDUARDO SCOLESE
PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No primeiro encontro entre
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e
Geraldo Alckmin (PSDB) desde
que o tucano foi escolhido candidato do PSDB à Presidência,
assessores tiveram de ir buscar o
governador de São Paulo já fora
da sede do STF (Supremo Tribunal Federal) para que voltasse e
cumprimentasse o presidente.
O encontro, rápido e formal,
ocorreu por volta das 17h, no
STF, após a posse do ministro
Enrique Ricardo Lewandowski.
Antes, porém, eles travaram
uma espécie de "guerra fria".
Ela começou com Lula, que,
informado de que Alckmin iria
ao STF, mudou toda a sua agenda da tarde e seguiu para a posse.
O tucano chegou atrasado à
sessão. Sentou-se a cerca de dez
metros de Lula. Neste momento,
sentados e sorridentes, o petista
e o tucano trocaram acenos.
Ao fim da sessão, Lula, a primeira-dama, Marisa Letícia, e o
presidente do STF, Nelson Jobim, posicionaram-se numa ante-sala e passaram a cumprimentar os convidados em fila.
Assim que chegou, Lula brincou
com os fotógrafos : "Ah, eu sei a
foto que vocês estão esperando".
Alckmin, porém, saiu por uma
porta lateral. Lula, que já estava
há 15 minutos na ante-sala, ficou
impaciente. Chamou um assessor e ordenou: "Meu caro, vai
ver onde está o Alckmin... Pega o
governador e traz aqui, porque,
se eu sair sem cumprimentar, a
imprensa vai dizer que não quis
cumprimentá-lo". Passados cinco minutos, Lula reclamou com
Jobim, que pediu que uma assessora fosse atrás dele. Alckmin,
que dava entrevista lá fora, foi
interrompido. Dois minutos depois, entrou pela porta pela qual
saíam os convidados e foi colocado na frente do presidente.
Alckmin cumprimentou Marisa e, à frente de um batalhão de
fotógrafos e cinegrafistas, deu
um rápido aperto de mãos em
Lula. Ambos sorriram. Fora do
STF, Alckmin disse: "[Lula] me
deu os parabéns, a dona Marisa
foi muito simpática... Essa é a civilidade. Política precisa ser feita
com civilidade, respeito".
Colaborou o repórter-fotográfico SÉRGIO LIMA, da Sucursal de Brasília
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