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Peemedebista faz salada de citações ao tomar posse
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As citações dominaram os
discursos de posse e despedida dos ministros ontem. Foram lembrados desde o filósofo e escritor francês Michel de Montaigne até o
compositor Raul Seixas.
O campeão das citações foi
o peemedebista Geddel Vieira Lima. Entre outros, ele recorreu ontem aos compositores Raul Seixas e Gilberto
Gil em seu discurso de posse
na Integração Nacional.
Para introduzir os agradecimentos ao seu partido, o
PMDB, Geddel pegou emprestado de Fernando Pessoa: "Deus quer, o homem
sonha, a obra nasce".
Com a ajuda de pensamentos do escritor inglês do século 19 William Hazlitt, cujo
nome pronunciou com dificuldade, do mais antigo e famoso Miguel de Cervantes,
em Dom Quixote, e do economista Celso Furtado -
misturados numa única frase-, o ex-adversário do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva prometeu, daqui para a
frente, fidelidade ao governo
e às suas políticas.
Disse que o primeiro desafio da pasta é contribuir para
superar preconceitos e medos. "Segundo Hazlitt, "o preconceito é filho da ignorância". E Cervantes afirmava,
no sempre atual Dom Quixote, que "um dos efeitos do
medo é perturbar os sentidos
e fazer com que as coisas não
pareçam o que são'".
De Raul Seixas afirmou
que "sonho que se sonha só é
só um sonho que se sonha só,
mas sonho que se sonha junto é realidade". Para finalizar, citou a música "Aquele
Abraço", do ministro da Cultura, Gilberto Gil: "A Bahia já
me deu régua e compasso".
Em seu discurso de despedida do Ministério da Justiça, Márcio Thomaz Bastos
citou o filósofo e escritor
francês Michel de Montaigne (1533-1592). Com a deixa,
o novo titular da pasta, Tarso
Genro, disse que também é
leitor desse ensaísta.
Bastos afirmou que seu
compromisso foi sempre
com a "busca da verdade", e
encerrou sua fala com uma
frase atribuída a Montaigne:
"Digo a verdade não tanto
quanto sei, mas tanto quanto
ouso. E ouso mais à medida
que envelheço".
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