|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BASE DIVIDIDA
Ex-líder de Lula na Câmara pede pacto nacional
Para presidente do PPS, governo não é de esquerda e Serra mudaria mais
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PPS iniciou ontem em Brasília
reunião de seu Diretório Nacional
e voltou a atacar a política econômica e administrativa do governo, que precisaria de um "pacto
nacional" para correção de rumos. Para o deputado Roberto
Freire (PE), presidente nacional
da sigla, Luiz Inácio Lula da Silva
não faz um governo de esquerda.
"O José Serra [candidato derrotado do PSDB] apontava para
mais mudanças do que o Lula está
fazendo", afirmou. Ressaltando
não defender um "cavalo de pau"
na economia, Freire criticou o
atual rumo: "A que grau chegou a
subordinação: a uma análise de
investidores do mercado, especuladores do JP Morgan", disse, sobre o banco americano, que reduziu a recomendação de investimentos em títulos brasileiros.
O recém-filiado deputado Miro
Teixeira (RJ), ex-ministro das Comunicações e ex-líder do governo
na Câmara, também fez críticas e
falou num "cenário de ingovernabilidade". "Em algum momento,
será necessário um pacto. Há uma
situação de ingovernabilidade, de
falência dos instrumentos de gestão", afirmou, ressaltando se referir a um "acúmulo de décadas".
Miro disse ainda querer saber
mais sobre a ação do governo no
Congresso. "A base reclama de
acordos não cumpridos. Tem que
explicitar que acordos são. Eu não
sei e tenho curiosidade de saber."
O PPS é o partido do ministro
Ciro Gomes (Integração Nacional), que já divergiu publicamente de Freire. Ciro não havia comparecido ao encontro até a conclusão da edição. A reunião acaba
hoje. O PPS prepara nota com críticas e pedidos de mudanças.
Texto Anterior: Saiba mais: New Deal, a superintervenção estatal Próximo Texto: Fatura aliada: Lula cede, e PMDB leva presidência do INSS Índice
|