São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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Tucano critica Estados Unidos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou ontem, após almoçar com embaixadores de países da União Européia em Brasília, o protecionismo comercial norte-americano, que, segundo ele, dificulta a implementação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e acabará "empurrando" o Brasil para uma parceria com a UE.
O pré-candidato disse estar "indignado" com as novas medidas protecionistas norte-americanas, se referindo à "farm bill", lei agrícola americana sancionada nesta semana que aumentou em US$ 60 bilhões os gastos com subsídios agrícolas em dez anos nos Estados Unidos.
"Os EUA pregam o livre comércio, mas praticam protecionismo quando lhes interessa. Querem que o Brasil abra mais a sua economia, mas fecham onde somos competitivos e vendemos por preços menores", disse.

Política agressiva
Serra disse que, se for eleito, executará uma política de exportações mais agressiva.
Questionado pelos embaixadores sobre o grau de agressividade, o presidenciável disse que seria um décimo do grau de agressividade que a UE tem hoje com a sua política de subsídios agrícolas. Sobre a resposta, Serra afirmou que "ninguém falou nada porque eles [os embaixadores" sabem que eu estou certo".
O pré-candidato tucano disse aos embaixadores europeus que o Brasil tem interesse em investimentos, principalmente nas áreas de eletroeletrônicos, petroquímica e turismo.


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