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PT e PL devem fechar coligação informal
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT e o PL caminham para
formar uma aliança informal no
primeiro turno das eleições presidenciais deste ano. As divergências entre os dois partidos nos Estados e o instinto de sobrevivência dos deputados estão inviabilizando uma coligação formal.
Dirigentes nacionais das duas
legendas chegaram a essa conclusão em reunião que terminou na
madrugada de anteontem em
Brasília, após a divulgação de uma
nota do vice-presidente nacional
do PL, deputado Bispo Rodrigues
(RJ), em que ele afirma ser contrário à aliança no primeiro turno.
"Vamos apoiar o Lula de qualquer jeito. A maioria do partido
quer isso. Mas está difícil fazer a
coligação. Ninguém quer perder o
mandato. Quem fizer coligação
em cima [para presidente", perde
deputado", disse ontem o presidente nacional do PL, deputado
Valdemar Costa Neto (SP).
O líder do PT na Câmara, João
Paulo Cunha (SP), que participou
da reunião, afirmou: "O desejo do
Lula e do PT é fazer a coligação
oficial, mas, como as alianças nos
Estados estão difíceis, a nacional
também fica difícil".
Também estavam na reunião o
presidente do PT, deputado José
Dirceu (SP), e o senador José
Alencar (PL-MG), cotado para vice de Luiz Inácio Lula da Silva.
Rodrigues, que divulgou a nota
em nome de presidentes regionais de dez Estados, apresentou
lista com mais cinco unidades que
estariam contra a aliança: Acre,
Pará, Goiás, Amapá e Distrito Federal. "O melhor para o partido é
deixar livre nos Estados no primeiro turno. No segundo turno,
quem é contra a aliança, mas já
elegeu o seu deputado, o seu senador, vai passear, sai de férias."
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