DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Crítico habitual do governo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio de Mello, que desde quarta ocupa interinamente a Presidência da República, resumiu ontem com uma frase a experiência de substituir Fernando Henrique Cardoso por sete dias: "É mais fácil ser estilingue do que ser vidraça".
Antes de assumir o cargo, anteontem de manhã, ele recebeu um telefonema do primo e ex-presidente Fernando Collor de Mello. Disse que Collor só o cumprimentou e desejou muita sorte na passagem pelo Planalto.
No segundo dia como presidente interino, Marco Aurélio afirmou que a sua maior surpresa sobre a liturgia do cargo foi o forte esquema de segurança.
"Colocam-me em uma viatura, chamada de cápsula [automóvel blindado". Trafegam nas ruas como um balé." Ele disse que não pretendia utilizar os carros e o esquema de segurança do Planalto. "Fui informado de que esse é um dever e não um direito."
Marco Aurélio disse que a mulher e os quatro filhos assistirão à solenidade de sanção da lei que cria a TV do Judiciário para que a família tire fotos no palácio. (SF)



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