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TRIBUTÁRIA
Governadores pedem aumento do ICMS sobre energia e combustíveis, além de compensações pela Lei Kandir
Estados propõem 13 emendas ao projeto de reforma de Lula
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O governo do Rio Grande do Sul
apresentou ontem uma lista de 13
emendas ao projeto de reforma
tributária consideradas consensuais por todos os Estados.
Houve uma reunião de secretários da Fazenda em Brasília na última terça-feira para definir as
propostas: "Foi o consenso possível", disse o secretário da Fazenda
gaúcho, Paulo Michelucci.
O prazo-limite para apresentação de emendas à comissão que
analisa a reforma tributária se encerra amanhã. De acordo com
Michelucci, são necessárias 171
assinaturas de deputados para a
aceitação das emendas na comissão. O articulador das propostas
no Congresso será o deputado federal Cezar Schirmer, que é o presidente do PMDB gaúcho. O governador do Rio Grande do Sul,
Germano Rigotto (PMDB), é considerado um especialista em tributação e tem sido um dos principais consultores do Planalto.
Um dos pontos principais é a
criação de um fundo de compensação pela desoneração das exportações (a Lei Kandir). Outro
define o aumento de até 5% no
ICMS sobre combustíveis, comunicação e energia elétrica.
Há, também, uma emenda que
pretende dar aos Estados a possibilidade de desvincular 20% do
orçamento para a eventualidade
de necessidades financeiras ou até
mesmo investimentos na área social. Atualmente, o governo federal conta com essa prerrogativa,
mas os Estados não a têm.
Há previsões de ajustes técnicos, que tornem o texto mais acabado, e questões específicas, como a incidência do IPVA sobre
aeronaves e embarcações. É pedido um reforço na exigência de impedir que os Estados aprovem
normas autônomas de aumentos
diferenciados no ICMS.
Além dessas 13 emendas, o governo gaúcho apresentará duas
outras que não são unanimidade
entre os Estados. Uma delas prevê
que tanto o Senado quanto o Confaz necessitem de quatro quintos
dos votos para aprovação. Além
disso, o Rio Grande do Sul pede
que o fundo nacional de desenvolvimento deixe de ser destinado
a regiões menos desenvolvidas e
passe a atingir zonas de Estados.
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