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Conselho de Ética pedirá quebra de sigilo de DNA e de Marcos Valério
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Conselho de Ética da Câmara
dos Deputados pedirá à Justiça a
quebra do sigilo bancário das
agências de publicidade DNA e
SMP&B e a quebra do sigilo telefônico do proprietário das empresas, Marcos Valério, e do tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
A intenção é investigar a relação
entre Delúbio e as empresas e tentar mapear movimentações financeiras que corroborem ou não
a acusação de que Valério e Delúbio distribuíram mesadas de
R$ 30 mil a deputados federais.
O requerimento foi feito pelo
deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), integrante do Conselho: "A
quebra dos sigilos bancários e telefônicos podem comprovar qual
a relação que Marcos Valério tem
com Delúbio e com o PT".
Para que os sigilos sejam efetivamente quebrados é preciso seguir um ritual. O pedido de Fruet
será remetido à Mesa Diretora da
Câmara dos Deputados.
Em seguida, ele tem de ser votado no plenário da Câmara para
ser encaminhado à Justiça, que
determinaria a quebra. O processo é mais demorado que o de uma
CPI, que autoriza automaticamente essas medidas.
Ontem, o Conselho também
aprovou requerimentos de convocação de dez deputados federais citados pelo presidente do
PTB, Roberto Jefferson (RJ), em
seu depoimento.
A outra linha de investigação na
Câmara, a Corregedoria, ouviu,
em sessão fechada, o depoimento
do presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), acusado por Jefferson de
ser um dos integrantes do suposto
esquema do mensalão.
Corrêa negou todas as acusações e entregou à Corregedoria
um carrinho abarrotado de papéis que seriam os relatórios sobre a sua movimentação bancária, fiscal e telefônica dos últimos
anos. "Podem me investigar de cima pra baixo, de baixo pra cima,
não devo nada", afirmou.
A Corregedoria ouviria ontem o
senador Ney Suassuna (PB), líder
do PMDB, acusado por Jefferson
de ter relações com arapongas.
Ao saber que o horário e o local
do depoimento haviam chegado
ao ouvido de repórteres, Suassuna cancelou sua ida.
(FÁBIO ZANINI E RANIER BRAGON)
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