São Paulo, Sábado, 17 de Julho de 1999
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SAIBA QUEM É
Secretário se destacou no quercismo

da Redação

O novo secretário-geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira, 54, foi um dos principais homens do quercismo.
Paulista de São José do Rio Preto, fundador do PMDB e líder do governo Montoro na Assembléia Legislativa, voltou ao mesmo cargo na gestão de Orestes Quércia (PMDB), sucessor do governador morto ontem.
Ao ficar ao lado de Quércia na cisão do PMDB que deu origem ao PSDB, mesmo sendo da ""esquerda" do partido, ganhou a confiança do cacique.
Foi imposto como vice de Luiz Antonio Fleury Filho -que foi eleito governador em 90. Aloysio esteve no centro de um episódio polêmico na eleição para a prefeitura paulistana em 1992.
Escolhido candidato e com campanha tímida, chegou à véspera do primeiro turno, em 2 de outubro de 92, com poucas chances de enfrentar Paulo Maluf no round final do pleito.
Naquela noite, ocorreu o massacre da Casa de Detenção, onde a PM de Fleury chacinou 111 detentos rebelados.
A oposição criticou Fleury, dizendo que ele escondia o alcance real do massacre para evitar mais danos eleitorais a Aloysio -algo que tanto o candidato quanto o governador sempre negaram.
De todo modo, só após as 17h, com as urnas fechadas, o governo estadual revelou a dimensão real do maior massacre da história penitenciária brasileira.
Aloysio já pertenceu aos quadros do PCB, tendo sido exilado na França de 68 a 79, retornando ao país com a anistia.
Eleito deputado duas vezes, recentemente se envolveu em polêmicas ao defender a extinção da Justiça Trabalhista como relator da reforma do Judiciário na Câmara. Aproximou-se neste período de Antonio Carlos Magalhães, crítico do Judiciário, e ambos costumam defender as mesmas posições sobre o tema.


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