|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAIBA QUEM É
Secretário se destacou no quercismo
da Redação
O novo secretário-geral da
Presidência, Aloysio Nunes Ferreira, 54, foi um dos principais
homens do quercismo.
Paulista de São José do Rio
Preto, fundador do PMDB e líder do governo Montoro na Assembléia Legislativa, voltou ao
mesmo cargo na gestão de Orestes Quércia (PMDB), sucessor
do governador morto ontem.
Ao ficar ao lado de Quércia na
cisão do PMDB que deu origem
ao PSDB, mesmo sendo da ""esquerda" do partido, ganhou a
confiança do cacique.
Foi imposto como vice de Luiz
Antonio Fleury Filho -que foi
eleito governador em 90. Aloysio esteve no centro de um episódio polêmico na eleição para a
prefeitura paulistana em 1992.
Escolhido candidato e com
campanha tímida, chegou à véspera do primeiro turno, em 2 de
outubro de 92, com poucas
chances de enfrentar Paulo Maluf no round final do pleito.
Naquela noite, ocorreu o massacre da Casa de Detenção, onde
a PM de Fleury chacinou 111 detentos rebelados.
A oposição criticou Fleury, dizendo que ele escondia o alcance real do massacre para evitar
mais danos eleitorais a Aloysio
-algo que tanto o candidato
quanto o governador sempre
negaram.
De todo modo, só após as 17h,
com as urnas fechadas, o governo estadual revelou a dimensão
real do maior massacre da história penitenciária brasileira.
Aloysio já pertenceu aos quadros do PCB, tendo sido exilado
na França de 68 a 79, retornando ao país com a anistia.
Eleito deputado duas vezes,
recentemente se envolveu em
polêmicas ao defender a extinção da Justiça Trabalhista como
relator da reforma do Judiciário
na Câmara. Aproximou-se neste período de Antonio Carlos
Magalhães, crítico do Judiciário,
e ambos costumam defender as
mesmas posições sobre o tema.
Texto Anterior: Aloysio Nunes diz que não é "estrela" Próximo Texto: FHC assume responsabilidade pelas escolhas do ministério Índice
|