São Paulo, Sábado, 17 de Julho de 1999
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FHC assume responsabilidade pelas escolhas do ministério

da Sucursal de Brasília

Seis meses e 15 dias depois de iniciar o seu segundo mandato na Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso anunciou ontem a posse coletiva do novo ministério para a próxima segunda-feira. Mudou o discurso também: agora, a escolha dos ministro foi mais de responsabilidade sua do que dos partidos.
Disse claramente que os novos ministros devem lealdade a ele e ao país. Em dezembro passado, ao anunciar o primeiro ministério, admitiu a ampla consulta partidária e justificou o loteamento entre os aliados.
Chegou a ameaçar: os ministros dos partidos que não ajudassem na votação das reformas e das medidas do ajuste fiscal teriam sua permanência no governo ameaçada.
Ontem, a relação direta entre os partidos e a escolha ministerial perdeu essa ênfase. Fez questão de dizer que precisa do apoio do Congresso, mas não escolheu os nomes "somente para atender aos partidos".
Logo depois de anunciar, um por um, os nomes do novo ministério, FHC afirmou: "Todos os ministros que aqui estão foram escolhidos por mim, sou por eles responsável e eles devem lealdade única e exclusivamente ao país e a mim".
Ao repelir decisões de "populismo fácil", FHC afirmou que "um governo democrático deve ter o apoio do Congresso, mas não é reflexo imediato das forças partidárias". E acrescentou: "Tomo decisões e assumo as responsabilidades".
No ano passado, FHC também defendeu a composição política com forças "contraditórias", pela necessidade de "avançar".
Sobre uma suposta dificuldade na armação do novo ministério, o presidente fez questão de dizer que "enganam-se os que pensam que hesitei".



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