|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FHC assume responsabilidade
pelas escolhas do ministério
da Sucursal de Brasília
Seis meses e 15 dias depois de
iniciar o seu segundo mandato na
Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso anunciou ontem a posse coletiva do
novo ministério para a próxima
segunda-feira. Mudou o discurso
também: agora, a escolha dos ministro foi mais de responsabilidade sua do que dos partidos.
Disse claramente que os novos
ministros devem lealdade a ele e
ao país. Em dezembro passado,
ao anunciar o primeiro ministério, admitiu a ampla consulta partidária e justificou o loteamento
entre os aliados.
Chegou a ameaçar: os ministros
dos partidos que não ajudassem
na votação das reformas e das
medidas do ajuste fiscal teriam
sua permanência no governo
ameaçada.
Ontem, a relação direta entre os
partidos e a escolha ministerial
perdeu essa ênfase. Fez questão
de dizer que precisa do apoio do
Congresso, mas não escolheu os
nomes "somente para atender aos
partidos".
Logo depois de anunciar, um
por um, os nomes do novo ministério, FHC afirmou: "Todos os
ministros que aqui estão foram
escolhidos por mim, sou por eles
responsável e eles devem lealdade
única e exclusivamente ao país e a
mim".
Ao repelir decisões de "populismo fácil", FHC afirmou que "um
governo democrático deve ter o
apoio do Congresso, mas não é
reflexo imediato das forças partidárias". E acrescentou: "Tomo
decisões e assumo as responsabilidades".
No ano passado, FHC também
defendeu a composição política
com forças "contraditórias", pela
necessidade de "avançar".
Sobre uma suposta dificuldade
na armação do novo ministério, o
presidente fez questão de dizer
que "enganam-se os que pensam
que hesitei".
Texto Anterior: Secretário se destacou no quercismo Próximo Texto: Leia os principais trechos do pronunciamento de FHC Índice
|