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Lideranças petistas
divergem sobre caso
EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA
Principais lideranças do PT na
região Norte, o governador do
Acre, Jorge Viana, e o prefeito de
Belém, Edmilson Rodrigues, discordam em dois aspectos quando
o assunto é o plano secreto do
Exército para espionar os movimentos sociais: a participação de
FHC e do comando das Forças
Armadas no caso e a postura pouco agressiva das lideranças nacionais do partido.
Para Rodrigues, o presidente
Fernando Henrique Cardoso e os
comandantes do Exército sempre
souberam dos planos para espionar o MST e as demais organizações. "Um plano com tamanha
infra-estrutura não poderia ser
feito sem o conhecimento do presidente e dos comandantes do
Exército. Não há como admitir
uma atitude isolada, com tantos
gastos", disse.
Já de acordo com Viana, não há
como provar a participação de
FHC e do comando do Exército
no caso. "Conheço o general
Gleuber Vieira [comandante do
Exército". Ele é um grande brasileiro, uma figura exemplar. Espero que ele tome as atitudes para
punir os culpados dessas atitudes
atrasadas e perigosas."
A respeito do posicionamento
das lideranças nacionais do PT
nos últimos dias, o prefeito de Belém faz cobranças ao presidente
interino da legenda, o deputado
federal José Genoíno, e ao virtual
candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.
"Espero ouvir em breve do Lula
e do Genoíno uma posição dura
sobre isso. O PT nos Estados não
está quieto, mas as lideranças nacionais estão. O Genoíno teria de
assumir uma posição clara em relação à gravidade dos fatos que estão acontecendo." Por outro lado,
o governador acreano concorda
com a atual posição do partido, de
não se manifestar.
Rio Grande do Sul
A Agência Folha tentou ouvir
também a principal liderança petista no Sul, o governador do Rio
Grande do Sul, Olívio Dutra. Por
meio de sua assessoria, ele disse
que cabe à direção nacional do
partido se posicionar sobre o assunto.
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