São Paulo, sexta-feira, 17 de agosto de 2001

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Lideranças petistas divergem sobre caso

EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA

Principais lideranças do PT na região Norte, o governador do Acre, Jorge Viana, e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, discordam em dois aspectos quando o assunto é o plano secreto do Exército para espionar os movimentos sociais: a participação de FHC e do comando das Forças Armadas no caso e a postura pouco agressiva das lideranças nacionais do partido.
Para Rodrigues, o presidente Fernando Henrique Cardoso e os comandantes do Exército sempre souberam dos planos para espionar o MST e as demais organizações. "Um plano com tamanha infra-estrutura não poderia ser feito sem o conhecimento do presidente e dos comandantes do Exército. Não há como admitir uma atitude isolada, com tantos gastos", disse.
Já de acordo com Viana, não há como provar a participação de FHC e do comando do Exército no caso. "Conheço o general Gleuber Vieira [comandante do Exército". Ele é um grande brasileiro, uma figura exemplar. Espero que ele tome as atitudes para punir os culpados dessas atitudes atrasadas e perigosas."
A respeito do posicionamento das lideranças nacionais do PT nos últimos dias, o prefeito de Belém faz cobranças ao presidente interino da legenda, o deputado federal José Genoíno, e ao virtual candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.
"Espero ouvir em breve do Lula e do Genoíno uma posição dura sobre isso. O PT nos Estados não está quieto, mas as lideranças nacionais estão. O Genoíno teria de assumir uma posição clara em relação à gravidade dos fatos que estão acontecendo." Por outro lado, o governador acreano concorda com a atual posição do partido, de não se manifestar.

Rio Grande do Sul
A Agência Folha tentou ouvir também a principal liderança petista no Sul, o governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra. Por meio de sua assessoria, ele disse que cabe à direção nacional do partido se posicionar sobre o assunto.



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