São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2008

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Ex-militares depuseram em sigilo à OAB

DO ENVIADO A BRASÍLIA E GOIÂNIA

O Conselho Federal da OAB guarda em sigilo 11 depoimentos de ex-sargentos, cabos e soldados do Exército que combateram no Araguaia. Tomados em 2006 pela Comissão de Direitos Humanos da entidade, têm relatos sobre presos e mortos e descrevem torturas a militantes e moradores suspeitos de ajudar a guerrilha.
Os depoimentos foram anexados à petição em que a OAB pede ao Superior Tribunal Militar apuração de responsabilidades pelo desaparecimento de documentos sobre a guerrilha. A documentação sumiu, segundo já divulgou o governo Lula.
Os depoimentos reforçam a pretensão da OAB por indicarem que, no combate à guerrilha, agentes públicos cometeram crimes variados e que a documentação desaparecida pode trazer revelações importantes. O presidente Cezar Britto conta que os depoentes procuraram a OAB depois que a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça não os atendeu. "Eles disseram sofrer seqüelas por terem sido obrigados a praticar atos que aviltavam a consciência. Consideravam-se merecedores do amparo da Lei da Anistia", afirmou.
Segundo o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão Pires Júnior, os pedidos poderão ser analisados.


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