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Ex-militares depuseram em sigilo à OAB
DO ENVIADO A BRASÍLIA E GOIÂNIA
O Conselho Federal da
OAB guarda em sigilo 11 depoimentos de ex-sargentos,
cabos e soldados do Exército
que combateram no Araguaia. Tomados em 2006 pela Comissão de Direitos Humanos da entidade, têm relatos sobre presos e mortos e
descrevem torturas a militantes e moradores suspeitos
de ajudar a guerrilha.
Os depoimentos foram
anexados à petição em que a
OAB pede ao Superior Tribunal Militar apuração de responsabilidades pelo desaparecimento de documentos
sobre a guerrilha. A documentação sumiu, segundo já
divulgou o governo Lula.
Os depoimentos reforçam
a pretensão da OAB por indicarem que, no combate à
guerrilha, agentes públicos
cometeram crimes variados
e que a documentação desaparecida pode trazer revelações importantes. O presidente Cezar Britto conta que
os depoentes procuraram a
OAB depois que a Comissão
de Anistia do Ministério da
Justiça não os atendeu. "Eles
disseram sofrer seqüelas por
terem sido obrigados a praticar atos que aviltavam a
consciência. Consideravam-se merecedores do amparo
da Lei da Anistia", afirmou.
Segundo o presidente da
Comissão de Anistia, Paulo
Abrão Pires Júnior, os pedidos poderão ser analisados.
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