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São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

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DEFESA

Ex-guerrilheiro recusou oferta

Bancada do PT sugere Apolônio para conselho

RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A coordenação da bancada de deputados federais do PT se reuniu ontem e decidiu sugerir o nome do ex-guerrilheiro Apolônio de Carvalho, 91, para integrar o Conselho da República, órgão previsto na Constituição para servir de auxílio ao presidente nos casos de estado de sítio, estado de defesa, intervenção federal ou em questões "relevantes para a estabilidade das instituições".
Informado da decisão pelo deputado Chico Alencar (PT-RJ), o ex-guerrilheiro recusou a oferta, pois problemas de saúde o impediriam de desempenhar a função.
Apolônio está no centro de uma divergência entre ministros do governo Lula. De um lado, Márcio Thomaz Bastos (Justiça) quer que o ex-guerrilheiro seja promovido, por mérito, a general. O ministro José Viegas (Defesa) se declarou contra a idéia, opinião expressada pelo Exército.
Ontem, o atrito ficou evidente. Viegas disse que não haveria a promoção, e Thomaz Bastos chamou Apolônio de "herói" e disse que a decisão "depende do presidente Lula".
Apolônio foi expulso do Exército em 1936 sob a acusação de participação na Intentona Comunista, tentativa fracassada de derrubada do primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945). Na época, era segundo-tenente.
O Conselho da República é formado pelo vice-presidente, pelos presidentes da Câmara e do Senado, pelo ministro da Justiça, por líderes de blocos no Congresso e por seis cidadãos.


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