São Paulo, sexta-feira, 17 de dezembro de 2004 |
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DOIS ANOS DEPOIS Ministro da Casa Civil faz balanço da gestão petista e chama oposicionistas de "saudosistas da ineficiência" Dirceu afirma que governo é reformista
JULIA DUAILIBI
Na apresentação do balanço de
dois anos da gestão Luiz Inácio
Lula da Silva, o ministro José Dirceu (Casa Civil) afirmou que o
atual governo é "reformista" e criticou oposicionistas, chamando-os de "saudosistas da ineficiência". Disse ainda que a taxa de juros em 2005 não será um "empecilho" ao crescimento. FHC - "Há alguns saudosistas da
ineficiência que andam afirmando que o nosso governo não é eficiente. Estamos remontando o
Estado. Isso também é para criticar um ex-presidente da República [Fernando Henrique Cardoso]
que nos criticou por causa de contratação. Contratação onde? Na
segurança pública, na educação,
na Previdência." TETO -"Não há nenhuma possibilidade orçamentária, do ponto
de vista do Executivo, de aumento
para outros setores da administração. O país não suportará um
aumento para além disso. Para o
Poder Judiciário, foi feito um
acordo em três vezes. A discussão
sobre o Legislativo é do Legislativo. Eu, como cidadão, parlamentar licenciado, não faria isso. Acho
que o salário dos parlamentares
está dentro dos parâmetros que o
país pode pagar. Não tem nada a
ver com pagar passagem aérea. Se
tivessem de pagar, não teriam como sobreviver." CFJ - "Quero fazer uma autocrítica. O Conselho Federal de Jornalismo não foi discutido nem debatido com a sociedade e teve o fim
que teve no Congresso Nacional
ontem. Uma decisão para todos
nós, dialogar com a sociedade cria
consensos progressivos que viabilizam a aprovação no Congresso
Nacional de medidas." SALÁRIO MÍNIMO -"O Congresso
tem autonomia para [analisar]
outras propostas, e o governo vai
analisá-las. Mas precisamos ter
como guia o Orçamento. Teremos um ano de crescimento, um
ano bom, mas não um ano sem
problemas. A proposta que o presidente apresentou está dentro
das possibilidades do país. É um
grande avanço, um aumento
[real] de quase 10% no mínimo. O
governo tem boa vontade com isso, mas não podemos sair das dificuldades que temos e que não
são poucas." JUROS EM 2005 - "O Banco Central, por meio das atas do Copom,
já tinha sinalizado o aumento dos
juros, porque entende que precisa
trazer a inflação para o núcleo da
meta. Isso era esperado pelo país,
que cresceu ainda assim mais de
5%. O papel do governo é ter uma
política monetária e fiscal além do
papel do BC. É ter política de desenvolvimento." RECEITA - "O governo vai aumentar o controle sobre as fraudes na Previdência. Inclusive o
governo vai praticamente visitar
todo o cadastro de aposentados
que não tinha CPF." |
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