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Batalha no PMDB provoca disputa
entre presidente do STJ e seu filho
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A batalha jurídica pela validade
da convenção nacional do PMDB
que decidiu pelo rompimento
com o governo passou a envolver
uma disputa familiar entre o presidente do STJ (Superior Tribunal
de Justiça), Edson Vidigal, e seu filho, o advogado Erick Vidigal.
Na terça-feira, Edson Vidigal
suspendeu os efeitos da convenção, anulando a decisão da votação do domingo. Edson pai é amigo de um dos principais articuladores da ala governista, o senador
José Sarney (PMDB-AP), que o
indicou para o STJ quando foi
presidente da República.
O filho, Erick Vidigal, advogado
da ala não-governista, apresentou, também na terça, reclamação
de impedimento do pai por vínculo familiar com ele, que atuava
como advogado do partido desde
domingo, quando o embate legal
começou em instância inferior,
no Tribunal de Justiça do DF.
Anteontem, Edson recusou o
impedimento por entender que a
estratégia foi montada propositalmente. O Código de Processo Civil impõe o impedimento do juiz
quando um parente é advogado
de uma das partes, mas veda que
um advogado atue num processo
para criar o impedimento do juiz.
Edson argumenta que Erick recebeu poderes para representar o
PMDB após o começo da disputa
judicial, na véspera da convenção.
Ontem, Erick divulgou nota em
que ataca o pai, a quem chama de
"irrecusavelmente suspeito" pelo
"notório litígio pessoal e familiar"
entre ambos e pelas "íntimas e
carnais ligações" com o PMDB.
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