São Paulo, sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Batalha no PMDB provoca disputa entre presidente do STJ e seu filho

LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A batalha jurídica pela validade da convenção nacional do PMDB que decidiu pelo rompimento com o governo passou a envolver uma disputa familiar entre o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Edson Vidigal, e seu filho, o advogado Erick Vidigal.
Na terça-feira, Edson Vidigal suspendeu os efeitos da convenção, anulando a decisão da votação do domingo. Edson pai é amigo de um dos principais articuladores da ala governista, o senador José Sarney (PMDB-AP), que o indicou para o STJ quando foi presidente da República.
O filho, Erick Vidigal, advogado da ala não-governista, apresentou, também na terça, reclamação de impedimento do pai por vínculo familiar com ele, que atuava como advogado do partido desde domingo, quando o embate legal começou em instância inferior, no Tribunal de Justiça do DF.
Anteontem, Edson recusou o impedimento por entender que a estratégia foi montada propositalmente. O Código de Processo Civil impõe o impedimento do juiz quando um parente é advogado de uma das partes, mas veda que um advogado atue num processo para criar o impedimento do juiz. Edson argumenta que Erick recebeu poderes para representar o PMDB após o começo da disputa judicial, na véspera da convenção.
Ontem, Erick divulgou nota em que ataca o pai, a quem chama de "irrecusavelmente suspeito" pelo "notório litígio pessoal e familiar" entre ambos e pelas "íntimas e carnais ligações" com o PMDB.


Texto Anterior: Sarney diz que Lula é "imbatível" em reeleição
Próximo Texto: Prato feito: Lula janta com petistas e critica FHC
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.