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OPERAÇÃO ANACONDA
Casem Mazloum havia pedido sua exclusão no processo da operação
STF nega habeas corpus a juiz
Daniel Kfouri - 15.dez.2004/Folha Imagem
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O juiz federal Casem Mazloum, que teve o pedido de habeas corpus rejeitado ontem pelo STF |
FREDERICO VASCONCELOS
RAFAEL CARIELLO
A REPORTAGEM LOCAL
O Supremo Tribunal Federal
negou ontem o recurso impetrado pelo juiz federal Casem
Mazloum, que pediu para ser
excluído da ação por formação
de quadrilha da Operação Anaconda. O mesmo recurso havia
sido concedido ao irmão de Casem, Ali Mazloum na terça.
O órgão considerou a denúncia contra Ali inconsistente. Ontem, porém, o ministro do STF
Gilmar Mendes disse que o julgamento só poderia ser estendido ao irmão se eles estivessem
em situação idêntica, mas entendeu que essa igualdade de
condições não ficou provada.
A fase final de julgamento do
primeiro processo criminal da
Operação Anaconda começou
às 15h de ontem, no Tribunal
Regional Federal, em São Paulo,
com a leitura do voto da desembargadora Therezinha Cazerta.
O Órgão Especial do TRF-3,
formado por 16 desembargadores mais antigos, julga a ação penal por formação de quadrilha,
em que são réus os juízes federais João Carlos da Rocha Mattos e Casem Mazloum, três delegados da Polícia Federal, além
de empresários e advogados.
Até o encerramento desta edição, não havia sido anunciado o
resultado do julgamento. A sessão é secreta. Por volta das 19h,
alguns advogados falaram da
possibilidade de uma sentença
condenatória coletiva.
"Se a relatora for coerente
com toda a condução do processo, obviamente que ela vai
proferir um voto condenatório.
Para todos", disse Daniela Pellin, que defende Rocha Mattos.
Laertes de Macedo Torrens,
que defende Affonso Passarelli
Filho, concorda. "Pelo modo
como a relatora está amarrando
a prova, tenho a impressão de
que pode existir uma sentença
condenatória." Para ele, pelo
menos quatro devem ser condenados: o juiz Rocha Mattos, sua
ex-mulher, Norma Regina Emílio Cunha, e os policiais César
Herman e José Augusto Bellini.
Wilson Martins, que defende
Jorge Luiz Bezerra da Silva,
"com certeza vão condenar todo mundo. A apresentação da
relatora está induzindo todo
mundo a uma condenação".
Colaboraram LILIAN CHRISTOFOLETTI, da Reportagem Local, e a Sucursal
de Brasília
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