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SÃO PAULO
Segundo pesquisadores, mudança foi motivada por efeitos do Plano Real e melhora de índices de escolaridade
Estado ficou mais rico e menos desigual
DA REPORTAGEM LOCAL
O Estado de São Paulo ficou
mais rico e menos desigual entre
1992 e 1997, segundo análise comparativa feita para a Assembléia
Legislativa pela Fundação Seade
(Sistema Estadual de Análise de
Dados). Há dois motivos principais, segundo os pesquisadores:
os efeitos do Plano Real a partir de
1994 e a melhora dos índices de
escolaridade.
Segundo o indicador de riqueza
criado pelo Seade, apenas 12 dos
625 municípios existentes em
1992 empobreceram.
Na educação, a variação negativa ocorreu em apenas seis casos.
Houve avanços substanciais em
todos os níveis pesquisados, da alfabetização ao ensino médio, tamanhos de cidades e regiões do
Estado.
O avanço em longevidade não
acompanhou esse ritmo. Entre
1992 e 1997, 212 municípios pioraram de situação. O levantamento
aponta como responsáveis a violência nas regiões metropolitanas
e o avanço dos casos de Aids.
O trabalho, que resultou na criação do IPRS (Índice Paulista de
Responsabilidade Social), mostra
que em 1992 haviam 186 municípios pobres e com indicadores
ruins de educação e saúde. Em
1997, sobraram apenas 94 cidades
nessa situação.
Na outra ponta, o número de cidades ricas e desenvolvidas pulou
de 14 para 84. Entre as que melhoram nos anos 90 está São Paulo.
Nos comparativos de indicadores de riqueza, a maior transformação ocorreu na região do Pontal do Paranapanema.
No grupo das cidades "saudáveis" (pobres, mas com desenvolvimento social acima da média) o
salto também foi impressionante.
Eram 79 e passaram a ser 254
(39% das cidades do Estado).
"O desenvolvimento de São
Paulo ficou mais homogêneo.
Não há mais uma pirâmide com
poucas cidades ricas na ponta e
uma gigantesca base de cidades
com índices fracos", disse o diretor-executivo da Fundação Seade,
Flavio Fava de Moraes.
Uma das novidades do levantamento foi a descoberta a existência de um "corredor de desenvolvimento" ao longo das rodovias
Dutra (principalmente entre São
Paulo e Taubaté) e Anhaguera (da
capital até Ribeirão Preto).
Os pesquisadores estão investigando o que causou a melhora de
índices nesse pólo, mas Fava tem
uma tese tecnológica.
"Não é por acaso que é ao longo
desse corredor que estão as principais universidades do Estado,
como a USP, a Unicamp, o ITA,
entre outras", argumentou.
(SB e TT)
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