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São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 2003

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OUTRO LADO

Advogado diz que dinheiro de conta é de contracheque

DA SUCURSAL DO RIO

O advogado dos fiscais, Clóvis Sahione, disse ontem que o relatório da Corregedoria da Receita, que aponta movimentações bancárias milionárias, é resultado de um "equívoco primário". Entre os fiscais, está Carlos Eduardo Pereira Ramos, que movimentou, entre 1997 e 1998, quase R$ 17 milhões em valores atualizados.
"Os auditores da Receita somaram várias vezes o mesmo dinheiro aplicado, o que resultou neste valor milionário."
Sahione disse que o dinheiro era retirado por Ramos e reaplicado várias vezes, mas não soube explicar se a estratégia renderia prejuízos, já que a cada saque se pagaria impostos.
Sahione apresentou cinco contracheques de Ramos, entre 1994 e 1998 (no total, R$1,305 milhão,valores históricos). Segundo ele, a soma veio da "cota-parte", instituída por lei de 1990 e que concede aos fiscais 30% das multas aplicadas.
Os comprovantes são do Fundo de Administração Fazendária, vinculado à Secretaria de Fazenda. Sahione não soube dizer se Ramos recebeu o dinheiro da Fazenda ou da Secretaria de Administração. O corregedor da Receita, Moacir Leão, disse ser preciso ver a autenticidade dos contracheques.


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