|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESTATAL
Maria Sílvia Bastos Marques é a mais cotada para o cargo, que está vago há 13 dias
Economista deve comandar Petrobrás
da Sucursal de Brasília
A economista Maria Sílvia Bastos
Marques deverá ser a nova presidente da Petrobrás. Seu nome é o
mais forte da lista para o comando
da maior estatal brasileira e o mais
importante cargo do segundo escalão do governo, vago há 13 dias.
Diretora-superintendente da
Companhia Siderúrgica Nacional,
Maria Sílvia reuniu-se anteontem
com o ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, ao qual a
Petrobrás está subordinada.
Os dois têm em comum o fato de
serem filiados ao PFL, o maior partido da base governista.
A indicação só deverá ser anunciada na próxima quarta-feira, data da assembléia extraordinária da
empresa e da assembléia de acionistas.
Até lá, o governo espera concluir
a votação da emenda constitucional que garante a cobrança da
CPMF (imposto do cheque) com
alíquota de 0,38%, um dos pilares
do ajuste fiscal negociado com o
FMI (Fundo Monetário Internacional).
Nos últimos dias, o presidente
vem trabalhando com uma lista de
cinco nomes.
Apesar da filiação partidária, o
que mais pesaria no currículo da
economista seria o perfil técnico.
Durante o primeiro mandato no
Planalto, FHC convidou Maria Sílvia para ser ministra da Saúde e do
Trabalho.
No início do segundo mandato,
seu nome também foi cotado para
assumir o Ministério do Desenvolvimento e a presidência do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do
qual já foi diretora.
O substituto de Joel Rennó, que
pediu demissão no último dia 5, terá como tarefa reformar a Petrobrás e prepará-la para uma possível privatização no final do mandato de FHC.
A transição já será acompanhada
por uma reforma no estatuto da
empresa.
A principal mudança será o fortalecimento do conselho de administração, por meio do qual o governo acompanhará com mais rigor as decisões tomadas pela diretoria executiva da Petrobrás.
O novo estatuto também autorizará que estrangeiros comprem
ações ordinárias (com direito a voto) da estatal.
A venda de ações que excedam o
limite mínimo necessário para a
União manter o controle acionário
da Petrobrás está prevista para
ocorrer até o final do ano.
O ministro Rodolpho Tourinho
foi indicado presidente do conselho de administração.
O futuro ministro do Orçamento, Pedro Parente, também fará
parte do conselho.
(MARTA SALOMON
e VALDO CRUZ)
Texto Anterior: Petistas defendem indexação salarial Próximo Texto: Carvalho trocou jatinho por avião maior Índice
|