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SISTEMA FINANCEIRO
Controlador do Marka estava na Itália
Cacciola volta e diz
que vai à PF amanhã
da Sucursal do Rio
O dono do
Banco Marka,
Salvatore Alberto Cacciola, chegou ontem pela
manhã ao Rio e
voltou a negar
envolvimento
em um esquema de compra de informações privilegiadas do Banco
Central. Ele confirmou que vai
prestar depoimento à Polícia Federal amanhã sobre o caso da ajuda
do BC ao Marka após a desvalorização do real, em janeiro.
O banqueiro chegou de Milão, na
Itália, e foi recebido no aeroporto
por seu advogado José Fragoso Pires. Cacciola viajou na semana
passada, antes de ser intimado a
depor na PF sobre acusações de
que teria um informante no BC.
O executivo acusou a revista "Veja", que publicou a acusação, de estar inventando as informações que
desencadearam a abertura do processo pelo Ministério Público. Cacciola disse que os documentos estão à disposição das autoridades.
"Me coloco à disposição do presidente da República, do presidente do Senado, da CPI , da Polícia
Federal, do Ministério Público, de
quem quiser", disse Cacciola, antes
de deixar o aeroporto.
Ele reafirmou que a operação de
remessa de R$ 17 milhões ao exterior no dia da quebra do Marka foi
legal e obedeceu às normas do BC.
O executivo seguiu para seu
apartamento na Barra da Tijuca,
zona sul do Rio, e, até o fechamento desta edição, não quis falar com
a imprensa no local.
O procurador da República no
Rio Artur Gueiros viaja hoje para
Brasília para acompanhar de perto
os trabalhos da CPI .Outra missão
de Gueiros é definir no Ministério
Público se as investigações serão
coordenadas pela procuradoria do
Rio ou da capital federal.
O procurador acompanhou as
operações de busca e apreensão
nos bancos Marka e FonteCindam
e nas casas de Cacciola, do ex-presidente do BC Francisco Lopes e do
presidente do FonteCindam, Luiz
Antônio Andrade Gonçalves.
Ele criticou as ações da PF, realizadas na quinta e na sexta. "Acho
um absurdo, uma total arbitrariedade. Esse é o problema do Brasil."
Cacciola também ironizou o fato
de a PF ter divulgado que encontrou uma escopeta em sua casa.
"Tenho a maior curiosidade em
descobrir quem colocou aquela escopeta lá. Estava fora do Brasil e
não tenho a menor noção de que
arma é essa. Não encontraram cocaína, não? Pergunte se encontraram cocaína, talvez tenham encontrado também", afirmou.
Colaborou a Reportagem Local
LEIA MAIS sobre o caso na pág. 1-12
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