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Redução tem
"cheiro eleitoral",
afirma Ciro
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
O presidenciável do PPS, Ciro
Gomes, afirmou que a redução da
taxa de juros, determinada ontem
pelo Copom, tem um forte "cheiro eleitoral". "Parece-me que tem
um cheiro eleitoral muito forte,
porque, dentro do modelo deles
[modelo econômico do governo",
é uma atitude que vai, infelizmente, afrouxar a inflação e gerar problemas mais graves para o fechamento das contas externas do
país", disse Ciro ontem, em entrevista ao jornalista Paulo Henrique
Amorim, no UOL News.
Questionado se a medida foi tomada para beneficiar a candidatura do tucano José Serra, Ciro
disse que seria "um tiro no pé".
O candidato do PPS ainda fez
críticas a Serra, acusando-o de estar desesperado ao compará-lo ao
ex-presidente Fernando Collor de
Mello. "Isso nada mais é que desespero, o que é lamentável para
um homem como ele, que pretende ser presidente do Brasil, e, perdendo o argumento das propostas, parte agora para agressões
pessoais", disse.
Isolado em segundo lugar nas
intenções de voto, segundo pesquisa Ibope divulgada anteontem, Ciro afirmou que continua
tendo uma "opinião muito cética"
em relação às pesquisas eleitorais.
Garotinho
Já Anthony Garotinho, candidato do PSB à Presidência, considerou "adequada" a decisão do Banco Central de reduzir os juros.
"Era o adequado. Você não pode baixar três pontos de uma vez,
senão você provoca um desacerto
na economia. Mas tem de fazer
uma projeção em uma direção.
Não pode fazer a política da gangorra, como o próprio governo
fez em alguns períodos", afirmou.
Segundo Garotinho, a redução
de meio ponto percentual havia
sido pedida por ele na última segunda, em palestra a empresários
de São Paulo: "Eu disse que havia
espaço para que essa posição fosse adotada imediatamente".
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