São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2005

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"MENSALÃO"/CASO WALDOMIRO

Marcelo Sereno será investigado por relação entre jogos e gastos de campanha em 2002

Ex-secretário petista sofre quebra de sigilo pela CPI

HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

A CPI dos Bingos quebrou os sigilos bancário, telefônico e fiscal do ex-dirigente do PT Marcelo Sereno. O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), disse que, com base nos dados sigilosos, será investigada a relação entre jogos e gastos da campanha eleitoral do PT em 2002.
"Segundo Luiz Eduardo Soares, que foi vice na campanha de Benedita da Silva [governadora do Rio, não reeleita em 2002], Sereno foi colocado no Rio de Janeiro para operar a campanha nacional do PT", afirmou Efraim.
Segundo o senador, Soares "informou [em depoimento à CPI] que havia envolvimento desse cidadão [Sereno] com jogos. Aí é que entra a nossa CPI", disse.
Sereno deverá depor na próxima semana na CPI, que ontem ouviu o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Valderi Albuquerque, no cargo de abril 2002 a janeiro de 2003. Os senadores investigam ilegalidade na renovação de contrato entre a CEF e a multinacional GTech no governo Lula, em abril de 2003.
Albuquerque afirmou que, se ainda estivesse na presidência da Caixa, não renovaria o contrato da forma como ocorreu.
Por meio de sua assessoria, Sereno informou que vai depor na CPI e não teme a quebra de sigilos bancário, telefônico e fiscal.
Ex-secretário de Comunicação do PT até a crise no partido, Sereno negou que tenha trabalhado na campanha de Benedita como tesoureiro. A ex-governadora também foi convocada a depor.
O relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou que Sereno, ex-assessor da Casa Civil, também será investigado por suposta ligação com Waldomiro Diniz, ex-assessor exonerado em 2004 do então ministro José Dirceu (PT-SP).


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