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"MENSALÃO"/CASO WALDOMIRO
Marcelo Sereno será investigado por relação entre jogos e gastos de campanha em 2002
Ex-secretário petista sofre quebra de sigilo pela CPI
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
A CPI dos Bingos quebrou os sigilos bancário, telefônico e fiscal
do ex-dirigente do PT Marcelo
Sereno. O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB),
disse que, com base nos dados sigilosos, será investigada a relação
entre jogos e gastos da campanha
eleitoral do PT em 2002.
"Segundo Luiz Eduardo Soares,
que foi vice na campanha de Benedita da Silva [governadora do
Rio, não reeleita em 2002], Sereno
foi colocado no Rio de Janeiro para operar a campanha nacional do
PT", afirmou Efraim.
Segundo o senador, Soares "informou [em depoimento à CPI]
que havia envolvimento desse cidadão [Sereno] com jogos. Aí é
que entra a nossa CPI", disse.
Sereno deverá depor na próxima semana na CPI, que ontem
ouviu o ex-presidente da Caixa
Econômica Federal Valderi Albuquerque, no cargo de abril 2002 a
janeiro de 2003. Os senadores investigam ilegalidade na renovação de contrato entre a CEF e a
multinacional GTech no governo
Lula, em abril de 2003.
Albuquerque afirmou que, se
ainda estivesse na presidência da
Caixa, não renovaria o contrato
da forma como ocorreu.
Por meio de sua assessoria, Sereno informou que vai depor na
CPI e não teme a quebra de sigilos
bancário, telefônico e fiscal.
Ex-secretário de Comunicação
do PT até a crise no partido, Sereno negou que tenha trabalhado
na campanha de Benedita como
tesoureiro. A ex-governadora
também foi convocada a depor.
O relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou que Sereno, ex-assessor da Casa Civil, também será
investigado por suposta ligação
com Waldomiro Diniz, ex-assessor exonerado em 2004 do então
ministro José Dirceu (PT-SP).
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