São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2005

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Força Sindical faz protesto sem dizer "fora, Lula"

DA REPORTAGEM LOCAL

Crítica ao governo, mas sem encampar por enquanto o "fora, Lula", a Força Sindical, ao lado de outras três centrais, engrossará a agenda de protestos contra a corrupção com uma passeata hoje na avenida Paulista, em São Paulo. O ato, que é apoiado pelo PSDB paulistano, será, segundo os dirigentes da Força, preparação para a manifestação marcada para o dia 6 de setembro, na praça da Sé.
Ontem, os sindicatos dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região e da Construção Civil de São Paulo prometeram mobilizar cerca de 60 mil pessoas para o ato Sé. "A manifestação amanhã e no dia 6 é para cobrar Lula", disse o Eleno Bezerra, presidente do sindicato de metalúrgicos, filiado à Força. Segundo ele, as manifestações, "por enquanto", não são a favor nem contra o impeachment: "Todo dia surge um fato novo. De repente, o ato do dia 6 pode se transformar em "fora, Lula'".
Além da Força, os protestos estão sendo apoiados pela CAT (Central Autônoma dos Trabalhadores), pela SDS (Social Democracia Sindical) e pela CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores). A OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo) também apóia. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) foi convidada, mas não vai aderir.
"Nossa idéia é realizar um processo de manifestações pelo país até o dia 6", disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, que também dirige o PDT de São Paulo. Apesar de defender pessoalmente o afastamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulinho afirmou que os protestos não têm intenção de atingi-lo diretamente.
Segundo Paulinho, além de protestar contra a corrupção, os atos têm também o objetivo de fortalecer as centrais para a campanha salarial deste ano. As centrais pretendem distribuir um milhão de panfletos e colar 30 mil cartazes chamando o povo para as manifestações.
A passeata convocada pela Força irá do vão do Masp até o Teatro Municipal, no Centro. No dia 26, é a vez de um protesto da CUT ocupar o vão do museu. O ato da CUT será também em defesa do governo. (CONRADO CORSALETTE E FLÁVIA MARREIRO)

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