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Força Sindical faz protesto sem dizer "fora, Lula"
DA REPORTAGEM LOCAL
Crítica ao governo, mas
sem encampar por enquanto o "fora, Lula", a Força Sindical, ao lado de outras três
centrais, engrossará a agenda de protestos contra a corrupção com uma passeata
hoje na avenida Paulista, em
São Paulo. O ato, que é
apoiado pelo PSDB paulistano, será, segundo os dirigentes da Força, preparação para a manifestação marcada
para o dia 6 de setembro, na
praça da Sé.
Ontem, os sindicatos dos
Metalúrgicos de São Paulo,
Mogi das Cruzes e Região e
da Construção Civil de São
Paulo prometeram mobilizar cerca de 60 mil pessoas
para o ato Sé. "A manifestação amanhã e no dia 6 é para
cobrar Lula", disse o Eleno
Bezerra, presidente do sindicato de metalúrgicos, filiado
à Força. Segundo ele, as manifestações, "por enquanto",
não são a favor nem contra o
impeachment: "Todo dia
surge um fato novo. De repente, o ato do dia 6 pode se
transformar em "fora, Lula'".
Além da Força, os protestos estão sendo apoiados pela CAT (Central Autônoma
dos Trabalhadores), pela
SDS (Social Democracia Sindical) e pela CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores). A OAB-SP (Ordem dos
Advogados do Brasil, seção
São Paulo) também apóia. A
CUT (Central Única dos
Trabalhadores) foi convidada, mas não vai aderir.
"Nossa idéia é realizar um
processo de manifestações
pelo país até o dia 6", disse o
presidente da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho, que também dirige o PDT de São Paulo. Apesar de defender pessoalmente o afastamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulinho afirmou que os
protestos não têm intenção
de atingi-lo diretamente.
Segundo Paulinho, além
de protestar contra a corrupção, os atos têm também o
objetivo de fortalecer as centrais para a campanha salarial deste ano. As centrais
pretendem distribuir um
milhão de panfletos e colar
30 mil cartazes chamando o
povo para as manifestações.
A passeata convocada pela
Força irá do vão do Masp até
o Teatro Municipal, no Centro. No dia 26, é a vez de um
protesto da CUT ocupar o
vão do museu. O ato da CUT
será também em defesa do
governo.
(CONRADO CORSALETTE E FLÁVIA MARREIRO)
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