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Familiares ligam modelo morta a malas de dinheiro
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Familiares da modelo Cristiana
Aparecida Fernandes, morta em
agosto de 2000, afirmaram ontem, em depoimento ao Ministério Público do Estado de Minas
Gerais, que ela costumava transportar malas de dinheiro de Belo
Horizonte a São Paulo e Brasília.
O promotor Francisco de Assis
Santiago, que presidiu o inquérito
sobre a morte, suspeita que Cristiana participasse de um esquema
de caixa dois para políticos mineiros na eleição de 1998. Santiago
disse que enviará os depoimentos
ao promotor-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, e pedir a quebra de sigilo bancário da modelo.
"A família trouxe [informações]
sobre o comportamento e a vida
dela. Ela vivia deste expediente, de
fazer o transporte de valises e malas para determinados políticos",
disse o promotor. Ontem foram
ouvidos seus irmãos e sua mãe.
Na semana passada, o publicitário Marcos Valério disse à CPI do
Mensalão que repassou dinheiro
a campanhas eleitorais de políticos que apoiaram a campanha de
Eduardo Azeredo, em 1998. Azeredo nega conhecer o esquema.
O advogado da família tentará
identificar um preso que, em
2002, enviou uma carta dizendo
ter informações sobre a morte. O
promotor disse que, se o autor da
carta for localizado, será ouvido.
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