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JUSTIÇA
Idéia é ter atendimento itinerante
TST apresenta propostas contra trabalho escravo
CLAUDIA ROLLI
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
O TST (Tribunal Superior do
Trabalho) vai apresentar hoje à
Secretaria Nacional de Justiça, em
Brasília, duas propostas para
combater o trabalho escravo no
país. A informação é do presidente da entidade, ministro Francisco
Fausto, que se encontrou ontem
em São Paulo com o diretor de
normas internacionais do trabalho da OIT (Organização Internacional do Trabalho), Jean-Claude
Javillier, para discutir o assunto.
Uma das idéias do TST é criar
Varas do Trabalho itinerantes
que possam ir aos locais das denúncias recolher reclamações de
quem é submetido a condições
precárias de trabalho.
A segunda proposta do TST é
fazer um anteprojeto de lei para
transferir à Justiça do Trabalho a
competência de julgar questões
relacionadas ao trabalho escravo.
Hoje, quem julga esse tipo de crime é a Justiça estadual ou federal.
O presidente do TST defende que
as punições sejam mais rígidas.
"Quem comete esse tipo de crime
tem de ir para a cadeia e tem de ter
as terras confiscadas."
Segundo o ministro, a OIT ofereceu parceria ao TST para promover seminários sobre o tema.
Francisco Fausto também foi
convidado para participar de um
encontro mundial sobre trabalho
escravo, marcado para o próximo
ano em Turim, que está sendo
preparado pela OIT.
CLT
O TST foi convidado para um
debate sobre a modificação do artigo 618 da CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho), que flexibiliza as leis trabalhistas. O encontro deve ocorrer em abril. Fausto
defende que os acordos de flexiblização tenham garantias de que
direitos serão garantidos e de que
empregos serão criados.
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