São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

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Tucano adota mesma estratégia que usou para abater Ciro; petistas querem driblar polarização

Serra bombardeia Lula, que evita o confronto de olho no 1º turno

No rádio e na TV e nas declarações que fez ao longo do dia, o presidenciável tucano José Serra adotou contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva a mesma estratégia que usou no início do horário eleitoral para combater Ciro Gomes, da Frente Trabalhista. Os bombardeios sobre Lula e o PT atingiram especialmente o presidente do partido, deputado José Dirceu, que foi relacionado pela campanha tucana a uma agressão que ele teria auxiliado a incitar contra Mário Covas, em maio de 2000, e o próprio candidato petista, cuja ausência de formação universitária foi explorada como algo que não o recomendaria à Presidência. No Rio, Serra disse que Lula é a favor da bomba atômica, explorando afirmação do petista contra o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
À noite, o TSE concedeu liminar ao PT, proibindo a campanha de Serra de usar imagens do episódio da agressão a Covas em inserções na TV. Já Lula não reagiu diretamente e manteve sua estratégia de não polarizar com o tucano. O partido pretende isolar seu candidato da polêmica daqui em diante, que vê como inevitável. Com 41% na nova pesquisa Ibope, Lula trabalha para liquidar a eleição no primeiro turno. Este é hoje maior temor da campanha de Serra, que manteve os 19% da pesquisa anterior. Os tucanos temem ainda que Ciro, em queda nas pesquisas, renuncie para facilitar a vitória de Lula em 6 de outubro.



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