São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 2002

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Petista diz que não precisa gritar e ficar nervoso para ser oposição

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACAPÁ

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse em Macapá (AP) que é de oposição e não precisa de gritar ou ficar nervoso nos discursos que faz, nos comícios pelo país e na propaganda eleitoral na televisão para atestar isso.
Sem citar nomes, Lula fez o contra-ataque a adversários como Anthony Garotinho (PSB), que acusou o petista de não ser mais da oposição para ganhar a eleição a qualquer custo.
"Setenta por cento do povo brasileiro sabe que o PT é de oposição. Por isso, não preciso gritar ou dizer a toda hora que sou da oposição porque o povo já sabe que sou. Agora, quem não é [de oposição" é obrigado a fazer um discurso gritando para tentar enganar o povo. Eu estou tranquilo."
A resposta do petista também é dirigida a segmentos da esquerda, como o MST, cujo líder João Pedro Stedile disse recentemente que Lula abandonou o discurso e as convicções da esquerda.
A não-assinatura do candidato no plebiscito contra a Alca é uma das atitudes criticadas por esses setores. Lula se esquivou de dizer por que não votou.
"Eu não votei no plebiscito da Alca. Mas acho que a sociedade civil tem o direito de se manifestar e fazer quantos movimentos entender que sejam importantes. Isso é bom para a democracia."
Antes, em entrevista à rádio CBN em Teresina, havia dito que o PT não aceita os termos da atual proposta dos EUA para implantar a Alca até 2005. "Tal como está prevista, a Alca, inicialmente, não é uma política de integração, é uma política de anexação."


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