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Para Ciro, Serra tenta vincular a Frente a ataques contra petista
PATRICIA ZORZAN
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, acusou José Serra (PSDB) de tentar atribuir à
Frente Trabalhista as críticas que
o partido do tucano fez ontem a
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no
horário eleitoral gratuito.
"Foi fascista de novo pela forma
de fazer. Faz ataque ao Lula, manipulando imagens do José Dirceu, sem assinar. Grudando ali,
no meu programa, para parecer a
um espectador incauto que talvez
aquele ataque esteja sendo feito
pelo nosso programa", declarou.
"Isso é ilegal e é fascismo."
Ciro referia-se a discurso gravado de Dirceu em que o petista afirma que "eles [o governo] têm de
apanhar nas ruas e nas urnas".
Logo depois, o PSDB exibe cenas
em que o governador Mário Covas, já morto, é agredido em uma
greve de professores. ""Esse é o PT
que você não vê na TV", diz.
À tarde, as imagens foram apresentadas pouco antes do início do
programa em bloco da Frente.
Einhart Jácome da Paz, marqueteiro do pepessista, declarou
que os advogados da coligação solicitarão à Justiça Eleitoral que o
spot tucano seja assinado de maneira mais explícita. Torquato
Jardim, um dos advogados da
aliança, disse que ainda não havia
visto as imagens e que, por isso,
não saberia informar qual seria o
procedimento adotado no caso.
Ontem Ciro repetiu pelo menos
nove vezes que sua candidatura
representa uma opção ao "continuísmo piorado" representado
por Serra e ao "precipício" e à "insegurança" personificada por Lula. Apelou até mesmo ao discurso
da instabilidade econômica de
que sempre reclamou ser vítima
para criticar o petista.
Citou também as administrações do PT como exemplos negativos do que seria um eventual governo administrado por Lula.
"As experiências concretas do
PT não nos autorizam a ter a menor segurança de que a economia
brasileira não vá degringolar de
uma vez por todas, uma vez ele
[Lula] assumindo o poder."
Dizendo-se vítima de censura,
mas ""entusiasmado", chegou a
declarar esperar que Deus abençoe os eleitores para que percebam ser dele a melhor proposta.
"Como tenho uma proposta alternativa, uma vida limpa, experiência, trata-se de insistir para
mostrar isso ao povo brasileiro e
esperar que Deus vá abençoar. E o
povo brasileiro vai ver isso. Não
tenho a menor dúvida."
Ele ainda negou a existência de
defecções em sua campanha.
"Nenhuma que eu tenha notado."
O presidente nacional do PDT,
Leonel Brizola, decidiu ficar no
Rio nesta reta final de campanha,
para priorizar sua candidatura ao
Senado.
Colaborou a Sucursal do Rio
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