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Defesa vê benefício em quebra de sigilo
DA REPORTAGEM LOCAL
Os advogados do empresário
Sérgio Gomes da Silva, acusado
de mandar assassinar o prefeito
de Santo André, Celso Daniel
(PT), afirmaram ontem que a
quebra do sigilo do processo criminal irá beneficiar seu cliente.
Foram eles que pediram o sigilo,
no início das investigações, sob a
alegação de que informações do
caso poderiam prejudicar Gomes
da Silva. Agora, sob o argumento
de que houve vazamento de dados para a imprensa e de que não
há provas contra o empresário,
querem o fim do segredo judicial.
O advogado Adriano Salles
Vanni afirmou que ele e o colega
Roberto Podval irão estudar os 40
volumes do processo antes de oferecer à Justiça um pedido de quebra de sigilo. "É interesse nosso
que a imprensa e a população tenham acesso à investigação do
Ministério Público porque não
existe nada contra Sérgio Gomes
da Silva", declarou Vanni.
Os promotores criminais de
Santo André, que ofereceram a
denúncia (acusação formal na
Justiça) contra o empresário por
homicídio triplamente qualificado, afirmaram que não se opõem
ao fim do sigilo judicial.
Há aproximadamente uma semana, a família de Celso Daniel
pediu ao juiz responsável pelo caso, Luiz Fernando Migliori Prestes, da Comarca de Itapecerica da
Serra, a quebra do sigilo para que
qualquer pessoa pudesse ter acesso às informações juntadas pelo
Ministério Público. O pedido foi
rejeitado, pois, segundo o juiz, a
ação envolve apurações em curso.
Gomes da Silva será interrogado
judicialmente na próxima segunda-feira. Será a primeira vez que o
empresário, que começou sua
carreira como segurança de Daniel, será ouvido formalmente sobre o assassinato do prefeito.
O empresário, que está preso na
cadeia pública de Juquitiba (região metropolitana de SP), sempre negou vínculo com a morte de
Daniel e disse ser vítima de uma
injustiça.
(LILIAN CHRISTOFOLETTI)
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