São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 2000


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PMDB e PTB ficarão com comando de comissão

da Sucursal de Brasília

O PFL deverá ficar de fora dos principais cargos da comissão especial da Câmara que vai analisar o aumento do salário mínimo -bandeira adotada pelo partido.
O líder do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA), indicou o deputado Paulo Lima (PMDB-SP) para presidir a comissão, e o PSDB deverá indicar o deputado Eduardo Paes (PTB-RJ) para relator.
A indicação do líder tucano, Aécio Neves (MG), já faz parte do acordo do PSDB com o PTB, que resultou na formação do bloco partidário. A composição da comissão deverá seguir o acordo firmado entre os partidos da base.
O acordo estabelece um rodízio entre os partidos governistas na indicação dos principais cargos das comissões especiais.
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), havia ameaçado romper o acordo porque queria a presidência da comissão especial que analisa mudanças na edição de medidas provisórias. Ele enviou ofício à Mesa da Câmara na semana passada. O rompimento do acordo beneficiaria o PFL, que até a tarde do dia 15 de fevereiro formava a maior bancada partidária na Câmara dos Deputados.
A regra regimental permite que as duas maiores bancadas escolham sempre os presidentes e os relatores das comissões especiais. Ela foi substituída pelo acordo de rodízio. Como a comissão do salário mínimo foi formada antes do troca-troca partidário e da formação dos blocos, sem o acordo, o PFL poderia indicar o presidente da comissão.

Escolha
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), deixou para formalizar a escolha do presidente da comissão do salário mínimo na próxima semana. O PFL deverá recuar da disposição de reivindicar o cumprimento do regimento, no lugar do acordo.
O partido é agora a terceira maior bancada e seria um dos principais prejudicados no caso do rompimento do acordo.
O líder do PT na Câmara, Aloizio Mercadante (SP), aposta em um reajuste maior do que o do ano passado para o salário mínimo, por causa da campanha do PFL em defesa de um valor equivalente a US$ 100.
"A divisão na base abre espaço para a oposição trabalhar uma agenda mais social, somado ainda ao ano eleitoral", afirmou.


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