DA REPORTAGEM LOCAL

Em nota divulgada ontem, o ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira negou interferência no pagamento dos precatórios e acusou o procurador da República Luiz Francisco de Souza, autor do pedido de quebra de sigilo, de ter atuado de forma ""político-partidária".
O ex-secretário declarou ter agido no ""estrito" cumprimento de seu dever ao encaminhar de forma ""absolutamente rotineira e burocrática" um pedido feito por um parlamentar.
""Agi da mesma forma centenas de vezes no estrito cumprimento do dever funcional, sem qualquer interferência na decisão, sem qualquer pressão para que os ministros adotassem esta ou aquela posição e sem que nenhum membro da burocracia federal tivesse interpretado como ordem", diz Eduardo Jorge no documento.
""Será que quando o procurador Luiz Francisco entra com uma ação contra a Receita Federal, ação essa que, se julgada procedente, beneficiará algumas empresas, ele -ou alguns de seus colegas no Ministério Público- considera que também está cometendo ato de improbidade?", completou.
Na opinião do ex-secretário, Luiz Francisco agiu de ""má-fé" porque todas as suas contas já teriam sido auditadas pela Receita Federal.
""O procurador Luiz Francisco, mais uma vez, tenta ilaquear a boa-fé da Justiça, já agora extrapolando suas tendências circenses para cair no mundo da fantasia do Pinóquio".
""O que ele de fato pretende é que, concedida a quebra, ele possa prolongar indefinidamente uma pretensa suspeição contra mim, que ele sabe que não existe."

Padilha
O ex-ministro Eliseu Padilha também negou envolvimento no caso. Em nota, reafirmou ""jamais" ter participado ""de acordo judicial, de pagamento indevido de precatórios ou de qualquer irregularidade possivelmente cometida" e disse que seus advogados recorrerão da decisão.



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