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IMPEACHMENT
Quatro dos sete vereadores sorteados dão apoio ao prefeito
Comissão processante
tem maioria governista
da Reportagem Local
A comissão processante que vai
analisar o pedido de impeachment do prefeito Celso Pitta
(PTN) tem maioria governista.
Dos sete vereadores sorteados ontem, quatro pertencem à bancada
de apoio a Pitta na Câmara, embora três deles tenham votado pelo prosseguimento da denúncia.
O PTB terá três vereadores (Natalício Bezerra, Alan Lopes e José
Amorim). O outro governista é
Wadih Mutran (PPB), integrante
da tropa de choque do prefeito e
presidente da comissão especial
que levou a plenário o pedido da
OAB (Ordem dos Advogados do
Brasil). Ele votou contra o pedido
e contra o processo de impeachment. Pela oposição participam
Devanir Ribeiro (PT), Ana Maria
Quadros e Roberto Trípoli, ambos do PSDB.
A primeira reunião ocorre hoje,
a partir das 14h. Pelo regimento
da Câmara, coube a Natalício Bezerra (PTB), o mais velho do grupo, agendar o primeiro encontro.
Bezerra também integrou a comissão especial que analisou o pedido da OAB. Seu voto foi decisivo para o processo ser encaminhado para votação em plenário.
Na reunião de hoje serão escolhidos, por votação, o presidente e
o relator do processo. O Palácio
das Indústrias prefere Mutran na
presidência e Lopes na relatoria.
Bezerra, ligado aos taxistas, poderia, novamente, ser pressionado pela categoria e votar pelo impeachment de Pitta. Amorim, como é líder do PTB, também poderia ser pressionado pelo partido,
dependendo dos rumos que o
PTB tomar na eleição de outubro.
O rito processual dá 90 dias para
a comissão ouvir testemunhas,
colher provas (se achar conveniente) e apresentar um relatório.
A partir da instalação da comissão, o prefeito terá dez dias para
apresentar defesa prévia, onde
poderá indicar provas e testemunhas. A defesa será analisada pela
comissão, que, em cinco dias,
emite parecer sobre o prosseguimento ou não da denúncia. Caso
decida pelo arquivamento, a comissão encaminha o relatório a
plenário. No caso da continuidade, o presidente determina o início dos trabalhos e as audiências.
Nessa fase, deverão ser convocados para depor a ex-primeira-dama Nicéa Pitta, de quem partiu
a maioria das denúncias contra o
prefeito, vereadores e secretários
municipais, o filho do prefeito,
Victor Pitta, o secretário do Governo, Carlos Augusto Meinberg,
e o próprio prefeito.
A oposição vai querer convocar
o ex-prefeito Paulo Maluf, seu filho, Flávio, e o empresário Jorge
Yunes, que emprestou R$ 800 mil
a Pitta. Nicéa acusou Maluf e seu
filho de se beneficiarem de um esquema de corrupção. Eles negam.
Quando não houver mais testemunhas a serem ouvidas, a comissão dá cinco dias para a defesa
apresentar as razões finais. Em seguida, o relator apresenta um parecer final sugerindo ou não o impeachment. Seja qual for a decisão da comissão, o relatório terá
de ser encaminhado a plenário
para votação. São necessários 37
votos para cassar o prefeito.
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