São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2005

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IDH de orientais no Brasil é quase igual ao do Japão

MARCELO SALINAS
DA REDAÇÃO

A população de origem oriental no Brasil que declarou ao IBGE "cor amarela" representa apenas 0,4% da população, ou 762 mil pessoas. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do grupo é o maior entre as etnias pesquisadas: 0,937, quase o mesmo 0,938 do Japão.
Se fosse considerada apenas a região Sudeste, o IDH entre os orientais seria de 0,958, maior do que o da Noruega (0,956), país com o melhor índice do mundo.
Uma das razões para que a população oriental brasileira tenha padrões de desenvolvimento humano iguais ao de países desenvolvidos está no valor que parte considerável dessa população atribui à educação, item que mais eleva o IDH dos amarelos no Brasil.
A preocupação de Regina e Cláudio Kawakami com a educação dos filhos ilustra a constatação. Netos de japoneses, Cláudio, 41, é médico, e sua mulher, Regina, 40, é formada em matemática. Seus filhos Felipe, 13, e Nathália, 10, sempre estudaram em colégios particulares.
Além da escola, Felipe estuda inglês há dois anos e ambos os filhos praticam judô e tênis duas vezes por semana. "Quando estão em casa, ficam o dia inteiro na internet", conta Regina.
A mãe diz que eles sempre tiraram as notas máximas na escola: "Até a quarta série, os dois só tiraram "A", em todos os bimestres". Ela calcula que a família gasta cerca de R$ 2.000 por mês com a educação dos filhos.


Colaborou ANTÔNIO GOIS, da Sucursal do Rio

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