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Emprego será mote das campanhas
da Sucursal de Brasília
Deputados governistas e de oposição ensaiam o mesmo discurso
de campanha. A geração de empregos será o tema central na busca dos votos do eleitor.
A oposição vai responsabilizar o
modelo de desenvolvimento adotado pelo presidente Fernando
Henrique Cardoso pelo desemprego no país.
Os governistas vão procurar
mostrar o que está sendo feito no
combate ao desemprego por FHC.
As duas correntes deverão apresentar propostas de geração de
empregos.
"Meu discurso será em defesa da
retomada do desenvolvimento
com o consequente pleno emprego", afirmou o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).
Para Temer, aliado de FHC, a saída será o incentivo a micro e pequenas empresas.
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), quer incentivar a produção de moradias populares para
combater o desemprego. Segundo
ele, R$ 2,4 bilhões seriam suficientes para gerar 3 milhões de empregos e combater o déficit habitacional, com a construção de 600 mil
casas por ano.
"A construção civil não exige
mão-de-obra muito qualificada",
afirmou Inocêncio, outro aliado
de FHC.
"Vamos denunciar o modelo
adotado por FHC de exclusão social", afirmou o líder do PT, Marcelo Déda (SE). O líder disse que o
PT fará uma campanha com fortes
críticas ao governo e mostrará a
"falência do que FHC propôs".
Discurso uniforme
Segundo o líder do PSDB, Aécio
Neves (MG), o partido não vai esperar que a oposição ataque os
pontos vulneráveis do governo,
principalmente o desemprego.
Para tentar anular as críticas da
oposição, o PSDB vai procurar
uniformizar o discurso. Para isso,
o partido está preparando reuniões do ministro Edward Amadeo (Trabalho) com os deputados
que são candidatos nas próximas
eleições.
"Vamos enfrentar o problema
de frente. Não vamos ficar na defensiva", disse Aécio.
O desemprego vai estar também
no discurso do líder do PTB, deputado Paulo Heslander (MG).
Segundo ele, será preciso reconhecer que o desemprego é grande
e alguma coisa será feita para
combatê-lo.
"Temos de vender esperança.
Ninguém gosta de negativismo",
afirmou Heslander.
De acordo com o líder, para os
eleitores do interior do Estado, o
mais importante será mostrar o
benefício que o parlamentar levou
para a cidade.
"O eleitor quer saber da ponte,
da ambulância, da radiopatrulha,
do saneamento e da casa popular", completou.
(DM e LD)
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