São Paulo, domingo, 19 de abril de 1998

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Emprego será mote das campanhas

da Sucursal de Brasília

Deputados governistas e de oposição ensaiam o mesmo discurso de campanha. A geração de empregos será o tema central na busca dos votos do eleitor.
A oposição vai responsabilizar o modelo de desenvolvimento adotado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso pelo desemprego no país.
Os governistas vão procurar mostrar o que está sendo feito no combate ao desemprego por FHC. As duas correntes deverão apresentar propostas de geração de empregos.
"Meu discurso será em defesa da retomada do desenvolvimento com o consequente pleno emprego", afirmou o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Para Temer, aliado de FHC, a saída será o incentivo a micro e pequenas empresas.
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), quer incentivar a produção de moradias populares para combater o desemprego. Segundo ele, R$ 2,4 bilhões seriam suficientes para gerar 3 milhões de empregos e combater o déficit habitacional, com a construção de 600 mil casas por ano.
"A construção civil não exige mão-de-obra muito qualificada", afirmou Inocêncio, outro aliado de FHC.
"Vamos denunciar o modelo adotado por FHC de exclusão social", afirmou o líder do PT, Marcelo Déda (SE). O líder disse que o PT fará uma campanha com fortes críticas ao governo e mostrará a "falência do que FHC propôs".
Discurso uniforme
Segundo o líder do PSDB, Aécio Neves (MG), o partido não vai esperar que a oposição ataque os pontos vulneráveis do governo, principalmente o desemprego.
Para tentar anular as críticas da oposição, o PSDB vai procurar uniformizar o discurso. Para isso, o partido está preparando reuniões do ministro Edward Amadeo (Trabalho) com os deputados que são candidatos nas próximas eleições.
"Vamos enfrentar o problema de frente. Não vamos ficar na defensiva", disse Aécio.
O desemprego vai estar também no discurso do líder do PTB, deputado Paulo Heslander (MG). Segundo ele, será preciso reconhecer que o desemprego é grande e alguma coisa será feita para combatê-lo.
"Temos de vender esperança. Ninguém gosta de negativismo", afirmou Heslander.
De acordo com o líder, para os eleitores do interior do Estado, o mais importante será mostrar o benefício que o parlamentar levou para a cidade.
"O eleitor quer saber da ponte, da ambulância, da radiopatrulha, do saneamento e da casa popular", completou.
(DM e LD)


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