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Deputado vai
propor sabatina
da Sucursal de Brasília
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Nilmário Miranda (PT-MG),
vai apresentar projeto de lei propondo sabatina para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Pela
proposta, a sabatina seria feita pelo
Senado em sessão secreta.
Mesmo reconhecendo que o presidente Fernando Henrique Cardoso foi "desinformado" no episódio da nomeação do delegado João
Batista Campelo, Nilmário Miranda decidiu apresentar o projeto.
Miranda decidiu ontem encerrar
as investigações contra Campelo. E
cancelou as audiências públicas
marcadas para a próxima terça,
quando seriam ouvidas testemunhas da suposta tortura sofrida pelo ex-padre José Antônio Monteiro
em sessão comandada por Campelo, em 1970. A comissão já havia
ouvido Campelo e Monteiro.
"Considero que nossa missão está encerrada nesse episódio. O caso está encerrado", disse o deputado. "Nosso propósito não era reabrir crimes encerrados pela Lei de
Anistia, mas impedir que o cargo
de diretor da PF fosse ocupado por
alguém acusado de tortura."
Nilmário Miranda divulgou nota
oficial confirmando que não tem
dúvidas de que Campelo é culpado, o que já havia afirmado em seu
relatório como presidente da Comissão de Direitos Humanos. O
relatório foi divulgado antes mesmo do depoimento de Campelo na
comissão, o que provocou polêmica e a afirmação de Campelo de
que estava sendo "constrangido".
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