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PT
Oposição vê favorecimento a empresa
Licitação do governo
Dutra gera acusação
da Agência Folha, em Porto Alegre
O secretário de Comunicação do
governo gaúcho, Guaracy Cunha,
está sendo acusado pela oposição
de favorecer uma empresa de vídeo, da qual foi sócio, para produzir material de divulgação da administração Olívio Dutra (PT).
A Cooedição (Cooperativa de
Produção e Edição) foi selecionada
em uma licitação regular, mas o
deputado oposicionista João Osório (PMDB), que define o fato como ""antiético e imoral, contrário a
tudo o que costuma pregar o PT",
convocou Cunha (que era 1 entre
34 sócios) a depor na Assembléia.
Cunha se afastou da Cooedição
no dia 12 de dezembro, antes de
Olívio tomar posse. Em janeiro,
pediu a contratação emergencial
de uma empresa para produzir vídeos de divulgação enquanto uma
licitação estava em andamento.
O governo distribuiu cartas-convite para três empresas (a Cooedição, a MM Produtores e a RBS Vídeo). Apenas a Cooedição, porém,
apresentou proposta.
Cunha consultou a Procuradoria-Geral do Estado sobre a possibilidade de contratar a Cooedição.
A procuradora Maria Velasques
emitiu parecer no dia 15 de março
dizendo que não havia ilegalidade.
O governo gaúcho, porém, esperou pela conclusão da licitação.
Novamente, só a Cooedição participou. Em abril, a empresa foi contratada, recebendo R$ 28,8 mil
mensais por um ano.
O depoimento de Cunha, no dia
31 de maio, durou quatro horas. O
secretário disse que a Cooedição,
além de prestar serviços para o governo, o faz para a TV Educativa
desde o governo anterior (Antônio
Britto, do PMDB), o PPB (oposição) e o próprio Legislativo.
Além disso, segundo Cunha, na
administração anterior, o Estado
pagava, pelo mesmo serviço, R$
50.041,60 à empresa Prisma, subcontratada da agência de propaganda SL&M (R$ 44.680 para a
Prisma e R$ 5.361 para a SL&M,
pela subcontratação).
""Estão me acusando de falta de
ética, mas considero que, eticamente, estou economizando R$ 22
mil para o Estado", disse.
Rio de Janeiro
A criação de núcleos "fantasmas" no Rio começou a ser investigada pela corrente petista Refazendo, que denunciou nesta semana a
existência de um "esquema industrial" de filiações ao PT, supostamente incentivado pela vice-governadora Benedita da Silva.
Ontem, nova denúncia relata suposto incentivo de filiações ao PT
por parte de prefeituras de partidos que dão apoio à aliança que levou o PDT e o PT ao governo.
Benedita da Silva anunciou que
não pretende falar sobre as acusações. "O que estão dizendo é mentira. Quero que as irregularidades
sejam apuradas. Eu estou conhecendo o caso pelos jornais", disse.
Colaborou a Sucursal do Rio
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