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Mobilização de entidades e autoridades é pequena
da Agência Folha
e do enviado especial
Foi pequena a mobilização de
sem-terra, autoridades do governo federal, parlamentares, organizações ligadas aos direitos humanos e imprensa internacional
na primeira parte do julgamento
do massacre de Eldorado do Carajás, no Pará.
Líderes do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra) anunciaram que 2.000 manifestantes acompanhariam o
julgamento dos comandantes da
operação que resultou na morte
de 19 sem-terra.
No primeiro dia, segundo a PM,
não passou de mil o número de
manifestantes em frente ao auditório da Universidade da Amazônia, onde acontece o julgamento.
Nos dois dias seguintes, a quantidade de manifestantes havia se
reduzido ainda mais.
Ontem à tarde, aproximadamente cem manifestantes assistiam ao julgamento pelo telão
montado na rua.
Dos quatro deputados federais
petistas que foram até Belém,
apenas João Batista Babá (PT-PA) acompanhou o julgamento
dos três oficiais até o final.
O TJE (Tribunal de Justiça do
Estado) recebeu a confirmação
da presença dos ministros Raul
Jungmann (Política Fundiária) e
José Carlos Dias (Justiça) e do secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori. Nenhum
deles, no entanto, compareceu.
Jungmann informou estar com
a agenda comprometida. Dias
mudou sua posição, porque sua
presença poderia ser entendida
como uma pressão. Gregori disse
que poderá assistir outras sessões
"quando o espetáculo de rua acabar", referindo-se à mobilização
do MST.
Grandes organizações não-governamentais, como Anistia Internacional e Americas Watch,
não mandaram representantes.
"Nós é que passaremos os informes pela Internet", disse João Pedro Stedile, líder do MST.
Da imprensa internacional,
apenas a Associated Press e a australiana ORF (rádio e TV) mandaram correspondentes.
A platéia de 280 lugares, no entanto, permaneceu cheia durante
os três dias de julgamento. Ontem, praticamente todos os lugares estavam ocupados.
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