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MINAS GERAIS
Ação da PM
em Furnas
vai custar
R$ 455 mil
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O exercício que a Polícia Militar
de Minas Gerais fará em outubro
na região da hidrelétrica de Furnas, situada às margens do rio
Grande, vai custar R$ 455 mil.
A estimativa do custo foi feita
pelo comandante-geral da PM
mineira, coronel Mauro Lúcio
Gontijo, durante entrevista concedida no final da tarde de ontem,
da qual participou também o governador Itamar Franco
(PMDB), autor da idéia do exercício em Furnas.
O governo mineiro tem um déficit mensal de caixa de aproximadamente R$ 90 milhões e, em
janeiro, decretou moratória da
sua dívida com a União.
O governador de Minas tenta
evitar a privatização de Furnas,
afirmando que ela será prejudicial ao Estado. Para isso, ameaçou
até desviar as águas dos rios, diminuindo o volume de água no
rio Grande.
Itamar nega que a PM se prepara para entrar em confronto com
o Exército, mas afirma que Minas
vai defender os interesses nacionais, inicialmente na Justiça.
""Não esperamos o enfrentamento, nada que venha a quebrar
o princípio da ordem democrática. Mas nós queremos dizer, e aí
sim vale o recado, é que nós em
Minas estamos presentes para
defender os interesses nacionais", disse o governador.
Para Itamar, a ação da PM visa
primeiramente reprimir atos criminosos. Além de ações contra a
criminalidade, o exercício envolverá ações sociais, com assistência médica e dentária à população
ribeirinha, de acordo com o coronel.
Gontijo disse que esse tipo de
exercício é realizado anualmente.
É uma instrução para formação
dos cadetes. A única alteração, segundo ele, será o fato de a ação
acontecer na região de Furnas.
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