LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O atual presidente do PT, Tarso Genro, disse ontem que as eleições internas do partido são "o ato político mais importante desde a fundação do PT".
De acordo com Tarso, o partido começará seu processo de "refundação" depois desta eleição. Ele afirmou ainda que "jamais, na história da República, um partido foi vítima de uma campanha de liquidação como a que assistimos".

Candidatos
O candidato à presidência nacional do PT pela corrente Articulação de Esquerda, Valter Pomar, disse ontem que um eventual segundo turno da disputa será um "plebiscito do continuísmo contra a renovação".
Pomar, atual terceiro vice-presidente do PT, votou ontem na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região. Ele reafirmou que não deixará a legenda se perder as eleições e disse que as chapas de esquerda estarão unidas no segundo turno contra Berzoini.
Os candidatos gaúchos à presidência do PT, Raul Pont e Maria do Rosário, também reiteraram o compromisso de votar contra o Campo Majoritário em um eventual segundo turno.
Em Belo Horizonte (MG), o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) disse que os petistas estão enfrentando uma "tentativa artificial de destruir" o PT.
"São as forças conservadoras do Brasil que não querem que o maior partido político do país chegue forte nas eleições do ano que vem", afirmou.