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Pacto social
não traz perdas,
diz Febraban
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O presidente da Febraban
(Federação Brasileira dos
Bancos), Gabriel Jorge Ferreira, disse ontem, em encontro com empresários em
Porto Alegre, que "é um
equívoco supor que o pacto
[social proposto pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula
da Silva] pressupõe perdas".
"Não vejo que alguns setores terão de dar mais do que
receber. Haverá concessões
recíprocas, que todos vão
dar", disse ele, complementando: "A visão do pacto não
é que os que obtiveram mais
sucesso vão ceder mais".
De acordo com Ferreira,
Lula, com quem ele diz já ter
se reunido três vezes, terá de
"se autopoliciar" para "não
onerar o custo da intermediação financeira".
O presidente da Febraban
diz entender que o consenso
nacional almejado pelo pacto social "significa avançar
em questões mais difíceis de
discutir, como as reformas
tributária e previdenciária".
Não deve, diz, ser "um encontro de propostas corporativas", mas "um foro de
negociações". Mesmo tendo
ressalvas, Ferreira diz "valer
uma aposta" no pacto.
Sobre o eventual aumento
da taxa básica de juros, Ferreira diz não ver necessidade
na medida, pois crê que não
deve ocorrer grande alta na
inflação. A definição da nova
taxa é esperada para amanhã.
(LÉO GERCHMANN)
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