São Paulo, terça-feira, 19 de novembro de 2002

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Pacto social não traz perdas, diz Febraban

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O presidente da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Gabriel Jorge Ferreira, disse ontem, em encontro com empresários em Porto Alegre, que "é um equívoco supor que o pacto [social proposto pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva] pressupõe perdas".
"Não vejo que alguns setores terão de dar mais do que receber. Haverá concessões recíprocas, que todos vão dar", disse ele, complementando: "A visão do pacto não é que os que obtiveram mais sucesso vão ceder mais".
De acordo com Ferreira, Lula, com quem ele diz já ter se reunido três vezes, terá de "se autopoliciar" para "não onerar o custo da intermediação financeira".
O presidente da Febraban diz entender que o consenso nacional almejado pelo pacto social "significa avançar em questões mais difíceis de discutir, como as reformas tributária e previdenciária". Não deve, diz, ser "um encontro de propostas corporativas", mas "um foro de negociações". Mesmo tendo ressalvas, Ferreira diz "valer uma aposta" no pacto.
Sobre o eventual aumento da taxa básica de juros, Ferreira diz não ver necessidade na medida, pois crê que não deve ocorrer grande alta na inflação. A definição da nova taxa é esperada para amanhã. (LÉO GERCHMANN)


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