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São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2003

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Segundo o presidente do STF, "há muito mais agentes e delegados envolvidos" no caso do que magistrados

Executivo tem mais implicados, diz Corrêa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Maurício Corrêa, afirmou ontem que a maioria dos investigados pela Operação Anaconda não pertence ao Judiciário, mas ao Executivo. "Há muito mais agentes e delegados envolvidos, portanto, do Executivo; mais diretamente dizendo, do Ministério da Justiça, do que da própria magistratura. Isso não quer dizer que não seja grave um juiz que tenha cometido irregularidades. Errou, tem que ser punido", declarou Corrêa.
Corrêa já tinha se manifestado sobre o caso no dia 5 de novembro, quando disse que "no Poder Executivo, a toda hora se vêem irregularidades sendo praticadas", mas admitia que as suspeitas o preocupavam: "É claro que isso enodoa a imagem do Judiciário".
No dia 11, ele disse que a "saraivada de críticas" contra o Judiciário "se adensou com alguns episódios que aconteceram isoladamente com alguns poucos magistrados": "Nós somos cerca de 12 mil a 15 mil magistrados no Brasil. Se oito, dez praticam desvio, não tiveram condutas aprováveis, porque são reprováveis. Isso não quer dizer que os outros 15 mil estejam incluídos. É uma exceção à regra, pelo amor de Deus".


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